segunda-feira, 30 de março de 2015

São Paulo na berlinda; Consistência do time de Dunga

Quarta-feira será tensa e decisiva para o torcedor Tricolor que, fora de casa, no Gasômetro lotado, enfrentará um San Lorenzo igualmente sedento pela vitória. Ambas as equipes não estão jogando bem, oscilam demais e evidenciam pouca criatividade em seus jogos, entretanto, não se nega, o São Paulo tem mais qualidade individual. O Ciclón atuará em casa onde é forte e costuma pressionar, como por exemplo fez com o Corinthians, malgrado sair derrotado pelo alvinegro paulistano em duelo que, vale lembrar, ocorreu sem a presença dos fanáticos torcedores argentinos.

O São Paulo, apesar de figurar na segunda colocação do Grupo 2 ("Da Morte"), ainda está na berlinda, pois se perder para o rival dependerá de duas vitórias nos últimos jogos, incluindo o Majestoso no Morumbi onde, afora a pressão pela classificação, terá de suportar a pressão causada pelo recente retrospecto de derrotas perante o arquirrival (inclusive dentro do Morumbi). Também na berlinda encontra-se Muricy Ramalho que, a despeito da competência e da bela história no clube, atualmente amarga uma modorra criativa que salta aos olhos, com esquema tático sem criatividade e previsível, corroborado pela má fase de alguns de seus atletas chaves, como Ganso, Luis Fabiano e Alan Kardec. Tudo sobra para o incansável Michel Bastos que, pelas recentes boas apresentações, já está ficando manjado pelos rivais, assim como todo o time. Falta também poder de fogo ofensivo, pois o time cozinha a bola no meio campo sem finalizar como precisa.

Resumindo, pelas peças que possui, o São Paulo poderia estar melhor, sendo que o técnico é, sim, um dos culpados pela modorra são-paulina. A questão que não deve ser olvidada é a seguinte: se Muricy cair, quem com bagagem encontra-se disponível para assumir o clube? Atualmente, nenhum nome me vem a cabeça.

Palpites percentuais pros jogos da Liberta envolvendo brasileiros nesta semana:

i) Corinthians 80% x 20% Danubio

ii) San Lorenzo 55% x 45% São Paulo (grande chance de empate aqui, o que será bom para o Tricolor)

Por fim, gostei da consistência da seleção de Dunga que, sem brilho algum, mas com brio e dedicação, obteve ontem a oitava vitória consecutiva sob o comando do ex-volante, enfrentando rivais qualificados, como são, por exemplo, Chile e França. O Brasil, consciente de sua atual fase transitória (e escassez criativa), não toma a iniciativa direta, aguardando o rival errar para encaixar um contra-ataque. Essa tática, incomum ao futebol brasileiro, seguramente teria evitado o desastre do 7x1, todavia, seguramente não teria evitado a derrota para a Alemanha. Não sou entusiasta do treineiro gaúcho (que jamais comandou com sucesso algum clube boleiro), porém, não nego que o início de seu trabalho é promissor, ainda mais tendo-se em vista a péssima passagem de Felipão que, ultrapassado e arrogante, além dos revezes, jamais reconheceu sua defasagem profissional.

Abraços  

2 comentários:

  1. Grande Mestre,
    engraçado, parece que o Dunga combina mais com a seleção do que com clubes, em seu primeiro ciclo, contando com mais talentos mas jogando da mesma maneira, teve excelentes números e perdeu pra Holanda com gols bestas, mas depois da virada mostrou descontrole e espero que ele tenha aprendido a não "pilhar" tanto o time. Sobre a liberta, sem comentários, apenas esperar, ver os jogos e ciente de que meu tricolor não vai longe. abcs Grande Mestre

    ResponderExcluir
  2. Ótima análise sobre o meu Tricolor, se bem que eu creio que se Muricy usasse de mais velocidade no ataque com homens de mais movimentação, Ganso brilharia e mostraria seu verdadeiro futebol como fez quando da passagem de kaka na temporada passada. Quanto a seleção, admito, gosto muito do trabalho do Dunga, desde os tempos em que ele era jogador. Grande abraço Mestre.

    ResponderExcluir