quinta-feira, 2 de abril de 2015

Corinthians dá aula de bola; Tricolor se complica.

Ouso dizer amigos: o Corinthians atual é mais insinuante do que o time vencedor de 2012, ao menos ofensivamente, onde a troca de passes curtos e precisos, por cima e por baixo, é capaz de demolir qualquer defesa, ao menos neste nosso continente, onde o futebol está mais precário do que na Europa. Prova disso é o próprio Danubio, um dos representantes do laureado futebol uruguaio, ao lado do inexpressivo Montevideo Wanderers, denotando que a terceira potência boleira da América do Sul está capengando e não é de hoje.

Tite encontrou ótimas opções ofensivas nesta sua volta ao Parque São Jorge, formando um quarteto ofensivo de alto quilate, com Jadson e Renato Augusto como armadores competentes e criativos, e Guerrero e Sheik representando alto poder de fogo, inclusive o carioca, que, atualmente, está mais letal que outrora. Mais atrás, Ralf dá proteção mais que suficiente pros armadores jogarem livremente em direção ao gol, e Elias, um craque na posição de volante, tanto auxilia seu parceiro na marcação, quanto aparece no ataque como elemento surpresa, como ocorreu, por exemplo, no passe ao segundo gol alvinegro marcado de cabeça por Guerrero.

Complementam o time a boa dupla de zaga Gil e Felipe, esse último, em evidente ascensão, e Cássio, goleiro que seguramente merece uma chance na seleção brasileira. Até os limitados laterais Fagner e Uendel (valendo o mesmo para o titular Fábio Santos) estão se destacando. O Corinthians, de 28 jogos invictos em sua casa (onde a simbiose com o estádio, turbinada pela proposital molhada no gramado minutos antes da partida, é impressionante), está com um pé e meio nas oitavas de final, não sofrendo as esperadas agruras do chamado "Grupo da Morte", sendo sem dúvida a melhor equipe da competição até agora, ao lado do argentino Boca Juniors.

No mesmo grupo 2, só que em situação mais complicada, encontra-se o Tricolor paulista que, atuando em Buenos Aires, perdeu por 1x0 para o San Lorenzo, em gol na segunda etapa que contou com mais uma falha bisonha de Rafael Toloi. Um zagueiro experiente como ele, jamais poderia ter tomado o chapéu que tomou do atacante Cauteruccio, autor do gol solitário do Ciclón. Resta ao São Paulo vencer o fraco Danubio no Uruguai, e torcer para o arquirrival vencer os argentinos em Itaquera na próxima rodada, o que, creio, deverá ocorrer. Na última rodada, um conveniente empate no Majestoso servirá para classificar os paulistanos.

Por fim, mais uma ofensa racista é notícia, ocorrida ontem contra o corintiano Elias, chamado de macaco pelo "atleta" uruguaio do Danubio. Lamentável a conduta do uruguaio, que não honra a simpatia de seu povo, porém, mais lamentável ainda é a posição da Conmebol, entidade desacreditada por quem é honesto, e que já se adiantou emitindo parecer de que o ato, apesar de indubitável, não representou ofensa racista. Aconselho o Timão, um dos grandes favoritos ao título, deixar esse assunto de lado, sob pena de ser prejudicado novamente pela arbitragem, a exemplo que ocorreu nas oitavas de final de 2013, no famigerado caso Amarilla.

Abraços;

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