quinta-feira, 18 de junho de 2015

Seleção Brasileira está na lona

Após sucessos sem valores obtidos em fracos amistosos pós-Copa (em tom de ressaca mundial), a seleção de Dunga, ontem, mostrou sua face, ao ser nocauteada pelo envolvente futebol colombiano que, longe de ser excepcional, hoje, é melhor que o brasileiro.

A seleção, assombrada pelas intermináveis denúncias que envolvem a CBF, sofre demais com a atual safra de atletas, burocráticos e sem objetividade, e que brilham somente em seus clubes europeus, onde são auxiliados pelos colegas estrangeiros de clube. Um time só de brasileiros, não duvidem, não chega a lugar nenhum.

Só na América do Sul, Argentina, Chile e Colômbia são indubitavelmente melhores que o Brasil.  O Uruguai com Suarez é melhor também. Logo, depreende-se que teremos sérias dificuldades de classificação para a Copa/2018, onde, se chegarmos, seremos elencados no grupo das terceiras forças e olhe lá.

Do time que apanhou dos colombianos ontem no Chile (apesar do placar magro de 1x0, não vimos a cor da bola), Jefferson, Filipe Luis, Fernandinho, Elias, Fred, Douglas Costa e Firimo não reúnem condições de serem titulares da seleção brasileira. Quiçá merecem ser suplentes. Desde seu último trabalho na seleção, quando convocava o inexpressivo Afonso, Dunga tem a mania de chamar atletas desconhecidos dos brasileiros que, migrando para a Europa precocemente, realizam 2 ou 3 bons jogos por seus clubes (alguns em centros boleiros de pouca tradição) e já são premiados com convocações. Chegam na seleção, atuam de forma razoável em 2 ou 3 amistosos, mas, quando o cerco aperta e a partida é pra valer, somem em campo e são engolidos pelos rivais.

O Brasil, que até pouco tempo atrás exportava talentos a granel, hoje vive escassez em várias posições, chegando ao ponto de invejar jogadores de centros vizinhos com menos expressão do que nós. Com efeito, não temos um centroavante como Paolo Guerrero, um lateral esquerdo como Armero e um volante como Cuadrado. Na meia-esquerda, onde o Brasil tem tradição em produzir craques, não temos um atleta como James Rodrigues, Arturo Vidal ou Valdivia. É lamentável!

Se está difícil assistir aos jogos do seu clube de coração, onde o fanatismo da torcida é invariavelmente maior, imagina acompanhar a seleção brasileira que, além de capenga, não tem identificação alguma com o povo brasileiro. O jeito será torcer pra molecada do sub-20 vencer a Copa na madrugada de sexta para sábado, em duelo final contra a Sérvia, pois o futebol profissional brasileiro está nocauteado e sem perspectivas de reação.

Abraços

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Na esteira do Brasileirão, Copa América começa com pouco brilho

Malgrado o bom final de semana do trio de ferro paulistano (vitórias de Corinthians, S.Paulo e Palmeiras), mais uma vez a rodada do Brasileirão apresentou baixo nível técnico, erros grosseiros de passes e arremates, além de pouca emoção, fruto também da precocidade do certame que, ainda na sétima rodada, se estenderá até dezembro.

A novidade ficou por conta do início de mais uma Copa América, competição mais antiga e mais depreciada que sua irmã europeia, e que a exemplo do Brasileirão, ao menos nos primeiros jogos, não entusiasmou os torcedores, valendo frisar que dos quatro principais candidatos ao caneco, dois deles, Argentina e Colômbia, não obtiveram vitória (aponto também como favorito o Chile e o Brasil).

A Colômbia, liderada por Falcão Garcia e James Rodrigues, protagonizou a maior zebra até agora, ao perder para a Venezuela por 1x0, e sem apresentar em nenhum momento grande superioridade em relação ao rival. Ou seja, na média, a realidade é que a badalada Colômbia não é muito melhor do que a esforçada Venezuela.

A grande favorita Argentina, que sem dúvida possui as melhores individualidades, pareceu que golearia o Paraguai no primeiro tempo, entretanto, na segunda etapa, sem intensidade alguma, deixou o rival empatar em 2x2, evidenciando que a inconstância que norteou a equipe na última Copa ainda persiste. Mesmo sendo vice-campeã mundial, a Argentina não fez sequer uma partida excepcional na Copa, mesmo quando enfrentou o frágil Irã, por exemplo. E Messi, genial no Barça, persiste meramente regular no comando de ataque de sua seleção.

O Brasil venceu o Peru por 2x1, gol decisivo nos minutos finais, com grande atuação de Neymar, o esteio da seleção canarinho. Além do craque barcelonista, Willian e Daniel Alves se destacaram, sendo que os demais atuaram dentro duma média regular, apresentando futebol mais ou menos nota 5,5. Gostei do Peru que, habitualmente fraco, deu trabalho ao Brasil, criou boas chances de gol e, com um pouco de sorte nas próximas rodadas, poderá se classificar, pois com atletas como Guerrero, Farfan, Lobatón e Sanchez, os peruanos não devem quase nada para as demais equipes do grupo.

Amanhã, já pela segunda rodada, Uruguai x Argentina farão o primeiro clássico do torneio, em jogo que promete pela rivalidade brutal entre os vizinhos do Rio da Prata. O Uruguai, sem Suarez e contando principalmente com Cavani (que na minha opinião é meramente bom jogador e nada mais), se contentará com um empate, pois, além de mais fraco tecnicamente, já venceu na primeira rodada (1x0 sobre a Jamaica - placar magro demais), ao contrário do poderoso arquirrival. Eu não perco essa partida, que inclusive deverá gerar pontapés a granel.

Abraços

 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Palmeiras vence Corinthians e joga a crise pro rival

O que ocorreu com o Corinthians que, há 2 meses, praticava o melhor futebol do país (não que isso fosse muita coisa), com boa trama de passes e conclusões, perfeita harmonia entre o meio-campo e o ataque, e contando com defesa sólida e segura? Hoje, um dia após a derrota no derby pelo certame Nacional, o que se constata é um alvinegro combalido e inativo, sem alma, sem alternativa e sem força.

Nem há que se colocar a culpa exclusivamente na saída de Guerrero, pois, na efêmera fase áureas de 2015, o time fez boa partidas sem o peruano, como por exemplo, contra o Once Caldas (ida e volta) e São Paulo na estreia da fase de grupos da Libertadores. Por falar em Libertadores, o Corinthians ainda não se recuperou da vexatória eliminação nas oitavas de final, ao contrário, tem arrefecido cada vez mais desde aquela fatídica quarta-feira.

O Palmeiras, ainda inconstante e longe do ideal, atuou bem melhor que o rival, não se intimando com o palco alheio, aproveitando-se da fragilidade alvinegra em sair jogando, e anulando os laterais corintianos que, além de não marcarem bem, apoiaram quase nada. Rafael Marques teve mais uma grande atuação no derby (a exemplo da semifinal do Paulistão), e a dupla criativa palestrina, Valdivia e Zé Roberto, foram muito mais decisivos do que Jadson e Renato Augusto. Caso o Palmeiras forçasse o jogo na segunda etapa, fatalmente ampliaria o placar.

O Corinthians estranhamente viveu de chutões pra frente na tentativa de abastecer o baixo e fraco Romero que, dividindo de costas com a zaga rival, não ganhou praticamente um lance sequer. Sem criatividade pelo meio, e inoperante pelas laterais, o ataque foi presa fácil, mesmo abastecido pelo rápido colombiano Mendoza na segunda etapa (rápido, porém sem objetividade alguma e sem representar referência ofensiva).

O Palmeiras, ao que parece, melhorará no campeonato, mas sem ainda empolgar seu torcedor a ponto de acreditar na busca pela taça. Ainda há muito o que fazer. Por outro lado, o Corinthians, se não reforçar seu ataque e contar com melhora de produção de Vagner Love, do jeito que está (ainda vivendo a iminência de perder mais atletas), brigará para evitar o descenso. Quem diria...

Abraços