segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Pitacos: Brasileirão, Copa do Brasil e Seleção Brasileira

Boa tarde, vamos aos meus palpites:

BRASILEIRÃO
Apesar da rodada ter sido atleticana, o título continua muito perto do Corinthians que, com dificuldade no segundo tempo, apenas empatou com a Ponte Preta após inaugurar o placar com mais um belo gol de Jadson, destaque do certame. Na próxima rodada, ao contrário desta última, o Timão terá jogo mais fácil, pois enfrentará o Goiás em casa, enquanto o Galo receberá o Inter que briga pelo G4 (ainda mais agora que foi eliminado da Copa do Brasil pelo Palmeiras). Aposto em vitória dos paulistanos e empate dos mineiros, o que retomará a vantagem de 7 pontos mantida até este final de semana. Vale parabenizar as campanhas dos dois primeiros colocados que, frise-se, mantiveram boa parte dos elencos, não trocaram treinadores ao longo da temporada, e são valentes fora de casa, obtendo bons resultados em território alheio.

Destaque negativo ficou com o Palmeiras que, na briga pelo G4, tomou acachapante goleada de 5x1 da Chapecoense, sem dúvida a melhor equipe das que lutam contra o rebaixamento (e que inclusive apresenta o bom meia Camilo, capaz de reforçar qualquer clube grande na próxima temporada). Não dá para entender como o Palestra, autor de inúmeras contratações ao longo do ano, atua com o zagueiro Jackon como titular, atleta que sabidamente não reúne condição de envergar o manto alviverde (por que dispensaram o Tobio?). O Palmeiras, que além do G4 ainda sonha com o tricampeonato da Copa do Brasil, tem de arrumar a zaga, pois de nada adianta um bom ataque sem uma retaguarda que se prese. Imaginem o Fred contra os fracos defensores palestrinos?

Corinthians, Galo e Grêmio estão garantidos na Libertadores. O título, creio, não sairá do Parque São Jorge (apesar de que o Galo ainda está vivíssimo na disputa, valendo lembrar o confronto direto a se realizar em solo mineiro). Fica a briga maior pela última vaga do G4 que, creio, ficará com o Santos, favorito também na Copa do Brasil, o que inclusive pode abrir mais uma vaga para a Liberta pelo Nacional (G4 poderá virar G5).

COPA DO BRASIL
Seco pra mim (chances de classificação à final): Palmeiras 60% x 40% Flu; Santos 55% x 45% São Paulo. O Tricolor carioca é a grande surpresa das semifinais, enquanto o trio paulista confirma a retomada da hegemonia do Estado Bandeirante no futebol brasileiro.

SELEÇÃO BRASILEIRA
Nesta semana começam as eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo/2018, onde o Brasil representa a terceira força, atrás de Argentina e Chile, e em pé de igualdade com Colômbia e Uruguai. A estreia da seleção pentacampeã ocorre nesta quinta-feira contra o Chile em Santiago, onde o rival é certamente favorito. Aliás, por falar em Chile, que grande jogador é o atacante Alexis Sanchez hein?! Ontem acabou com o clássico inglês ao anotar 2 golaços pelo Arsenal contra o Manchester United, em jogo eletrizante, diga-se de passagem. Do quarteto fantástico chileno (Vargas, Valdivia, Sanchez e Vidal), o atacante do Arsenal é disparadamente o mais talentoso e letal.

Acredito na classificação da seleção, mas com maior dose de emoção desta vez. Vale dizer que Felipe Coutinho foi cortado por contusão, razão pela qual o veterano Kaká foi chamado em seu lugar, juntando-se ao igualmente "vovô" Ricardo Oliveira, o que escancara a fragilidade da atual safra de jovens atletas brasileiros. Para a Copa na Rússia o Brasil precisa melhorar muito, inclusive o treinador.

Abraços.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Mais uma rodada corintiana no final de semana

Bom dia, tema epigrafado, vamos aos tópicos:

i) O Brasileirão empolga com jogos emocionantes que, se não esbanjam qualidade técnica, ao menos demonstram competitividade e ímpeto ofensivo, o que também é facilitado pela fragilidade da maioria das defesas, com exceção de Corinthians e Grêmio que marcam muito bem. Nos jogos de quarta-feira, por exemplo, após as rodadas, o sono demora a chegar, justamente pela adrenalina que os jogos causam. O equilíbrio desta edição é maior e a qualidade melhorou de dois anos para cá, circunstâncias que, ao menos por enquanto, calaram os críticos do sistema de pontos corridos (dentre os quais eu me incluo); 

ii) Neste segundo turno Flamengo e Santos cresceram bastante, envolvendo-se na briga pelo G4, principalmente os cariocas, invictos há 6 rodadas, num surpreendentemente sucesso inicial de Oswaldo de Oliveira, demitido do Palmeiras após inconstante campanha no primeiro turno da competição. O Santos mais uma vez é quem pratica o futebol mais vistoso, comandado por sua interminável fonte de garotos dourados, sendo sem dúvida o clube que melhor aproveita a categoria de base. Quem apostava numa inédita queda peixeira, caiu do cavalo. A despeito da derrota para a Ponte Preta no domingo, é certo que a equipe de Dorival Junior brigará forte pela vaga na Libertadores, seja pelo Nacional, seja pela Copa do Brasil, onde é favorito na minha opinião. 

iii ) Anteontem compareci à Arena Corinthians no bom horário das 11:00h, com casa cheia e bom jogo, onde se destacaram Felipe, Uendel, Renato Augusto, Elias e Malcon. O Corinthians marca bem e troca passes rápidos e curtos pelo meio, com boas ultrapassagens de Uendel pela esquerda que, diga-se de passagem, está jogando bem mais que seu antecessor Fábio Santos. Se o Corinthians conseguir 4 pontos em seus dois próximos jogos (Inter fora e Santos em casa), terá obtido importante soma em duelos complicadíssimos, levando-se em conta as 3 últimas partidas contra rivais tradicionais (Flu, Gremio e Palmeiras). Não há dúvida de que o Brasileirão é o campeonato mais difícil do mundo. Se não temos Barcelona, Bayern ou Chelsea, também não temos Aston Vila, Colonia ou Betis, sendo que na média, considerando-se a pluralidade de clubes grandes brasileiros, nosso campeonato é acirradíssimo com uma pedreira atrás da outra.

iv) O Vasco venceu seus dois últimos jogos, porém, ainda conta com meros 19 pontos, pelo que ainda não acredito num milagre cruz-maltino. A dupla catarinense Joinville e Avaí também estão com poucos pontos, e seriamente ameaçados. Figueirense e Coritiba seguem com muitas derrotas, e certamente brigarão até o final para evitarem mais um descenso. Não acredito em queda do Cruzeiro. 

v) Por fim, quanto ao título, creio que Corinthians e Galo são os únicos pretendentes, pois o Grêmio com a derrota de ontem ficou 9 pontos atrás do líder. O Corinthians me parece mais focado que o Galo, cujo auge no certame ocorreu rodadas atrás. Ontem, com um a menos, o Atlético penou para empatar o clássico mineiro, sendo ainda salvo da derrota por Victor que defendeu penalidade mal marcada a favor da Raposa. Há ainda o confronto direto entre os dois primeiros colocados, além de o Corinthians ainda ter de jogar 2 clássicos, onde sabidamente não há favoritos. Neste aspecto, aliás, os mineiros levam vantagem, pois só contam com um grande rival, ao contrário do Timão que tem de enfrentar 3 arquirrivais de grande nível e camisa pesada. 

Abraços

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Parabéns Corinthians, 105 anos de glórias.

Hoje o Sport Club Corinthians Paulista, um dos maiores clubes de futebol do mundo, celebra 105 anos de história rica em títulos e glórias, repleta de ídolos imortais e de boas rivalidades, principalmente com seus arquirrivais do Estado, Palmeiras, São Paulo e Santos. A grandeza dum time se mede não só pelas próprias qualidades e características, mas também pelo tamanho de seus rivais.

Líder de títulos em seu Estado com 27 conquistas regionais, o Corinthians conquistou também o Brasil (5 Nacionais e 3 Copas), a América do Sul (Libertadores invicto em 2012 e Recopa/2013) e o mundo (2000 e 2012), consagrando seu valioso pavilhão ao redor do planeta, consolidando-se como uma das principais marcas esportivas de todos os tempos.

O Corinthians, cujas principais glórias são recentes (para a felicidade da geração de corintianos como eu, que tenho 37 anos), atualmente lidera o Brasileirão na busca pelo seu sexto caneco, comandado por Jadson, Renato Augusto, Elias e Gil, além do goleiro Cássio, esteio do time desde 2012, quando teve atuações de Gylmar dos Santos Neves. As chances de mais uma conquista nacional são grandes, pois a equipe apresenta a mesma solidez defensiva que a consagrou nos últimos anos, destacando-se ainda o bom aproveitamento ofensivo, características adotadas por seus dois últimos treinadores que mais tempo comandaram o time, Manos Menezes e o ídolo Tite (ambos gaúchos).

Ano passado o Timão inaugurou requintada arena que inclusive foi a sede paulistana da Copa do Mundo, e que agora servirá às Olimpíadas/2016, evidenciando a importância da obra edificada em Itaquera, a despeito da vultosíssima grana despendida. Acredito que o Corinthians pagará seu estádio com a força de sua torcida, a segunda maior do país, e a terceira em número de sócios-torcedores, com incremento de mais de 40 mil inscritos somente neste ano. A marca corintiana é a mais valiosa do país, com grande número de venda de produtos, a despeito de ainda ser pouco explorada. O potencial certamente é imensurável.

Por fim, como corintiano que sou, deixarei aqui minha seleção alvinegra de todos os tempos, titulares e suplentes, na certeza de que nomes inesquecíveis ficaram de fora: Gylmar (Cássio), Zé Maria (Idário), Gil (Domingos da Guia), Gamarra (Marcelo Djan) e Wladimir (Kleber); Rincon (Paulinho), Sócrates (Vampeta) e Rivellino (Danilo); Marcelinho (Cláudio), Casagrande (Guerrero) e Edilson (Tevez). Treinadores: Tite e Oswaldo Brandão.  

Abraços e saudações alvinegras. Parabéns Corinthians.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Corinthians vence primeiro turno do Brasileirão

Bom dia, assunto epigrafado, vamos aos tópicos:

i) Após rodadas de liderança do Galo mineiro, o Corinthians terminou o primeiro turno do Brasileirão na dianteira com 40 pontos, quatro acima do supracitado rival que perdeu as duas últimas partidas disputadas, ao contrário do Timão. O título simbólico do primeiro turno não tem valia, mas geralmente coincide com o campeão geral, sendo que apenas em 3 oportunidades isto não ocorreu.

ii) Com um turno todo pela frente, a briga pela taça obviamente que está aberta, com Corinthians, Galo e Grêmio compondo um primeiro escalão de favoritos, e  Fluminense, São Paulo e Palmeiras formando um segundo escalão. Duvido que o título não fique entre estes seis clubes.

iii) O líder paulistano me surpreende, pois, após a vexatória eliminação na Libertadores pelo Guarani paraguaio, não esperava a reação corintiana para brigar na parte de cima da tabela, porém, o Corinthians se restruturou a ponto de apresentar espírito coletivo, competitividade e solidez defensiva. A fragilidade ofensiva ainda persiste, mesmo com a ascensão de Luciano, cuja disputa do Pan-americano evidenciou seu lado artilheiro. O ponto fraco do alvinegro é a bola alçada na área, tanto defensiva quanto ofensivamente, o que se denota pelo gol solitário de cabeça anotado por Felipe em toda a competição. O Corinthians, que apesar dos bons resultados foi dominado por Palmeiras, São Paulo, Galo e Atlético do Paraná (3 destes jogos em plena Arena Itaquera), poderá sofrer com convocações da CBF, seja para seleção titular, onde Elias habitualmente é chamado, seja pela seleção olímpica, que poderá lhe tirar principalmente Luciano.

iv) O Atlético/MG, derrotado nas últimas duas rodadas, ainda é o rival mais consistente do Corinthians, sendo o clube que por mais tempo liderou o primeiro turno, e com o melhor time titular do campeonato na minha opinião. Ao contrário do Corinthians, o Atlético joga ofensivamente, o que lhe rendeu melhor saldo de gols, entretanto, sua defesa fica invariavelmente exposta, ainda mais considerando que seus volantes possuem vocação ofensiva (Leandro Donizete, principalmente). Tenho gostado do Grêmio também que, desacreditado no início da competição, apresentou jovens promissores (Luan, Pedro Rocha, etc...), capitaneados pelo sóbrio treinador Roger, ex-lateral esquerdo campeão da América em 1995.

v) Acerca dos instáveis São Paulo e Palmeiras, creio que o mais provável será a briga pela vaga na Libertadores, haja vista que seus competentes treinadores ainda iniciam os trabalhos, sem tempo suficiente para obter uma constância capaz de fazer com que seus clubes engatem sequencias de vitórias. Osório, técnico colombiano cheio de novidades europeias, não poderá apostar em muitos rodízios a cada jogo, pois esta não é a cultura do futebol brasileiro (sequer do futebol sul-americano), gerando confusão e desconfiança nos atletas, além de o elenco não comportar reposições a altura dos principais jogadores. A vexatória derrota para o fraco Goiás (cujo meia é o fraquíssimo ex-Palmeiras Felipe Menezes) evidencia isso.

vi) Por fim, na zona da degola, por incrível que pareça o único que parece já rebaixado é o grande Vasco da Gama, com míseros 13 pontos, sete atrás do Avaí que é o primeiro fora do Z4. O Cruz-Maltino terá de fazer campanha de time de G4, caso queira evitar mais um rebaixamento. Eu não acredito que conseguirá.

Abraços
  

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

River Plate é tricampeão da América

Parabéns ao River Plate que, com justiça, levantou seu terceiro caneco continental, igualando-se a São Paulo, Santos, Olimpia e Nacional. É a 24ª taça argentina que, com a atual, abre sete de vantagem sobre o Brasil na competição (ao todo temos 17 canecos).

Com a derrota do Tigres, o México é vice-campeão do torneio pela terceira vez, sendo claro que as equipes do país ainda penam nas finais, principalmente pela falta de catimba e desfaçatez para bater no adversário veladamente, coisa que o argentino faz com perfeição (faz parte do jogo). O River, por exemplo, foi mais violento no primeiro tempo da partida, porém, tomou menos cartões, justamente por bater dissimuladamente, enquanto o rival escancarava a intenção faltosa.

O Tigres fez boa campanha na competição e apresentou quarteto ofensivo interessante, que se destacou principalmente contra o Inter na semifinal. Nas finais, contudo, Sobis (irritadiço), Gignac (desacostumado com o torneio), Aquino e Damm não atuaram bem, facilitando o êxito do rival. Os mexicanos precisam de mais gana numa próxima oportunidade, para, enfim, levantar a primeira Libertadores.

O River Plate teve como principais destaques Funes Mori, Vangioni, Ponzio e Sanchez. Ao contrário do esquadrão que levantou o bicampeonato em 1996, o time atual é meramente nota 6,0, e certamente será quase impossível que vença o Barcelona numa possível final do Mundial Interclubes no final do ano. Aliás, desde 2005 quando o formato atual de mundial foi implantado, apenas São Paulo, Inter e Corinthians venceram os europeus, feito inédito para os argentinos, portanto.

De se louvar o trabalho do treinador-ídolo Marcelo Gallardo, campeão nacional e duas vezes campeão sul-americano, tudo num curto período após o River cair de divisão e enfrentar uma das piores crises de sua história. Com a boa fama dos técnicos argentinos na Europa, Gallardo logo mais receberá algum convite.

Outro destaque antigo do River é a capacidade de contratar atletas promissores de países vizinhos, e que regularmente brilham pelos Millionários. Enzo Francescoli, Marcelo Salas e Falcão Garcia são alguns exemplos. Na conquista da Libertadores/2015, dois dos principais atletas foram o uruguaio Carlos Sanchez e o colombiano Teo Gutierrez (este não atual nas finais). O River tem bons olheiros e, ao contrário de alguns times brasileiros, pelo visto, não contrata estrangeiros por DVD.

Abraços    


quinta-feira, 23 de julho de 2015

River Plate x Tigres farão as finais da Libertadores/2015

Pela terceira vez desde a permissão para participar da Libertadores da América, um time mexicano atinge a final da competição, comprovando que esta salutar inclusão aumentou o nível de disputa do torneio sul-americano, pois é certo que os clubes mexicanos são mais fortes, por exemplo, do que as equipes bolivianas, venezuelanas e peruanas. 

Ao bater o Internacional por 3x1 em Monterrey, o Tigres tentará a glória não obtida por Cruz Azul e Chivas, derrotados em finais respectivamente por Boca e pelo próprio Inter gaúcho, sendo que na final de 2001, os Xeneizes, como de hábito, foram favorecidos pela arbitragem no último duelo realizado em La Bombonera. O medo de nova arbitragem caseira (leia-se favorável ao time argentino) é grande, pois, à Conmebol, de histórico nebuloso, certamente não interessa eventual conquista por clube convidado, situado fora da América do Sul. 

A festa realizada pela torcida mexicana no final da partida foi excepcional, com apresentação musical de Mariachis e discurso entusiasmado dos atletas, uníssonos em considerar a possível conquista como a mais importante do futebol mexicano. Concordo com essa opinião, lembrando também da heroica medalha de ouro obtida em 2012, na final contra o Brasil de Mano Menezes. 

O Tigres foi amplamente superior do que o rival brasileiro, sendo que o placar de 3x1 foi pouco, valendo valorizar a atuação do arqueiro colorado Alisson, que evitou goleada mais acachapante. Rafael Sobis, que participará pela terceira vez duma final de Libertadores, é o grande destaque do torneio até agora, porém, nestas duas partidas semifinais os melhores atletas do Tigres foram os recém-contratados Gignac e Aquino que aumentaram sensivelmente o poder de fogo da equipe. Estas contratações, aliás, evidenciam a importância que o Tigres dá a Libertadores, mesmo sofrendo os efeitos do injusto regulamento que, além de tirar a finalíssima do México (O Tigres fez melhor campanha que o River na competição), proíbe o time de, confirmado o título, disputar o Mundial de Clubes no final do ano. 

Do outro lado teremos o tradicional River Plate que, na contramão de seu arquirrival, consegue avançar rumo a conquistas sem a complacência da arbitragem. O River, desacreditado anos atrás, ressurge forte e vencedor, valorizando ídolos de outrora tais como Cavenaghi, Lucho Gonzales e Saviola, além do próprio treinador Galhardo. 

Tentará o River sua terceira Taça Libertadores, valendo lembrar que na última conquista em 1996, o clube reunia craques memoráveis como Francescoli, Crespo, Almeyda, Ortega, etc.... É sem dúvida o maior celeiro de revelações argentinas em toda história. 

Palpite pra final (percentual): River 55% x 45% Tigres (ligeiro favoritismo argentino não só pela camisa mais pesada, como também por decidir no Monumental de Nuñes). 

Abraço 

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Trio de ferro avança e oferece opções a Dunga

Bom dia, ótimo final de semana para o trio de ferro paulistano que, com belas vitórias, avançam no bloco de cima da tabela do Brasileirão. Em tópicos, vamos aos pitacos:

i) Não assisti o jogo são paulino, apenas os melhores momentos, pelo que deduzi que o grande destaque foi Alexandre Pato, autor de dois tentos e assistência para o gol anotado pelo argentino Centurión que, creio, deverá ser melhor aproveitado, inclusive para compor a dupla ofensiva com Alexandre, ambos com mais potencial do que o atual Luis Fabiano. O destaque negativo mais uma vez foi PH Ganso, burocrático e sem inspiração, e que escancarou descontentamento ao ser substituído, como se estivesse produzindo alguma coisa.

ii) O Corinthians finalmente venceu jogando bem ao bater o Fla por 3x0 no Rio, malgrado a fragilidade do rival que, sem os reforços ofensivos advindos do rival, é um time nota 4,5. Cristóvão também é fraco como treinador, ainda mais tendo que comandar um grupo limitado. Renato Augusto e Jadson, com liberdade, deitaram e rolaram sobre o meio-campo carioca, assistidos por Elias que, ao que parece, voltou da seleção um pouco mais inspirado (apesar da participação medíocre na Copa América). O meio de campo do Corinthians ainda é o melhor do Brasil, tendo sido pontual a colocação de Bruno Henrique como primeiro volante, aumentando a qualidade na saída de jogo. Quem me surpreendeu positivamente foi Malcom e Uendel, esse último apresentando melhor futebol que seu antecessor Fábio Santos. O ponto negativo alvinegro é o displicente Vagner Love, que não é nem sombra do bom atacante de outrora.

iii) No final da tarde de ontem em Recife, Palmeiras e Sport protagonizaram um belo jogo que, pelo ótimo dia de Fenando Prass, terminou empatado em 2x2, destacando-se também o oportunismo de Leandro Pereira, atacante nota 5,0, mas com razoável presença de área. O Palmeiras, enfim, apresenta consistência técnica e tática, boas peças de reposição e equilíbrio emocional, pois não é fácil suportar a pressão do bom time do Leão em solo pernambucano. Não acho que o Sport brigará pelo título, e dificilmente obterá vaga na Libertadores, mesmo assim, é de se louvar a competitividade da equipe liderada pelo inspirado Diego Souza e bem treinada por Eduardo Baptista, filho do antigo treinador Nelsinho, campeão brasileiro pelo Timão em 1990. Já o Palmeiras demonstra a cada jogo que poderá ao menos lutar por vaga na competição continental.

iv) Na pífia campanha da seleção brasileira que disputou a Copa América, vimos a fragilidade técnica dos seguintes atletas advindos de times estrangeiros: Fred, Douglas Costa, Filipe Luis, Firmino, Thiago Silva, etc...Por que não recorrer a alguns atletas que jogam por aqui e, pois, com maior probabilidade de, no mínimo, apresentarem mais identificação com a torcida brasileira. Restringindo-se somente ao pujante trio-de-ferro, seguem algumas sugestões para serem testadas: Victor Ramos, Arouca, Egídio, Renato Augusto, Gil, Michel Bastos, Rodrigo Caio, dentre outros. Isso sem falar que Cássio e Prass são melhores que Jefferson. Uma pena a continuação da extensa má fase de PH Ganso que, se jogasse 40% do que dele se esperava, certamente assumiria a 10 do Brasil.

Abraços

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Quatro comentários sobre Copa América e Brasileirão

Tempo curto devido ao forte trampo, tema em epígrafe, seguem os pitacos:

i) Chile x Argentina, espero, farão o melhor jogo do semestre na América do Sul no próximo sábado, quando decidirão em Santiago a final da Copa América, o que pode representar título inédito para os chilenos ou a 15ª taça aos argentinos que, assim, se igualarão aos uruguaios; Não vou ficar em cima do muro e, pela melhor qualidade de seu time, aliado à forte pressão que acometerá o rival, meu palpite é que a Argentina será campeã novamente;

ii) Ontem vi pela primeira vez o meia Pastore atuar bem pela sua seleção, tendo sido ele o maior destaque na goleada sobre o Paraguai, que, vale lembrar, pela segunda vez consecutiva eliminou a seleção brasileira. Messi e Aguero também se destacaram. O Chile, que anteontem eliminou o Peru com dificuldade, apostará no forte quarteto Valdívia, Vargas, Alexis Sanchez e Vidal, com maior destaque para os dois primeiros, que inclusive já atuaram por clubes brasileiros (respectivamente por Palmeiras e Grêmio). Os dois últimos, mais badalados no mercado europeu, ainda podem render mais. Enfim, grande final de Copa América, envolvendo as duas melhores equipes da região atualmente;

iii) O Brasileirão segue sua toada de jogos nota 5,5, 6,0 no máximo, como por exemplo no último Choque-Rei vencido impiedosamente pelo Palmeiras por 4x0. É a segunda grande vitória palestrina contra o rival na renovada Arena alviverde. O São Paulo, que até iniciou bem o clássico, não suportou a melhor disposição palestrina, nitidamente com mais gana, o que é inexplicável, pois, convenhamos, atuar pelo São Paulo é um privilégio, com com momentâneos problemas financeiros. Dudu, por exemplo, ajudou muito mais na marcação do que os laterais tricolores que, preguiçosos, atacaram com displicência e defenderam com lentidão. Gostei do zagueiro Victor Ramos que, além de fazer razoavelmente seu papel defensivo (e principal), é muito perigoso nas jogadas aéreas ofensivas, mormente nas cobranças de escanteio.

iv) Não vou nem perguntar o que ocorre com o Pato, preguiçoso e descompromissado, e que malogrou nas chances que teve em dois dos maiores clubes da América do Sul (o Corinthians reza todos os dias para vendê-lo). Entretanto, torna-se inevitável indagar o que ocorre com Paulo Henrique Ganso? É inquestionável seu toque refinado na bola, sendo igualmente inquestionável sua longa inapetência boleira, pelo que chego ao ponto de pensar que seu auge, no primeiro semestre peixeiro de 2010, pode ter sido fruto da fragilidade dos rivais que enfrentou (o Santos foi campeão paulista e da Copa do Brasil respectivamente contra Vitória e Sto. André). Ganso é um arremedo do que prometeu ser, não cria jogada alguma, não arremata ao gol e pouco se movimenta. Não ajuda na marcação e não vibra. Em suma, um atleta que parecia render em média o equivalente a uma  nota 7,5, na verdade tem atuações que raramente ultrapassam uma medíocre nota 5,0. Ao que parece, nossas esperanças dum meio-campo verde-amarelo mais criativo ficará a cargo de Lucas-Lima e Valdívia colorado.

Abraços      

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Seleção Brasileira está na lona

Após sucessos sem valores obtidos em fracos amistosos pós-Copa (em tom de ressaca mundial), a seleção de Dunga, ontem, mostrou sua face, ao ser nocauteada pelo envolvente futebol colombiano que, longe de ser excepcional, hoje, é melhor que o brasileiro.

A seleção, assombrada pelas intermináveis denúncias que envolvem a CBF, sofre demais com a atual safra de atletas, burocráticos e sem objetividade, e que brilham somente em seus clubes europeus, onde são auxiliados pelos colegas estrangeiros de clube. Um time só de brasileiros, não duvidem, não chega a lugar nenhum.

Só na América do Sul, Argentina, Chile e Colômbia são indubitavelmente melhores que o Brasil.  O Uruguai com Suarez é melhor também. Logo, depreende-se que teremos sérias dificuldades de classificação para a Copa/2018, onde, se chegarmos, seremos elencados no grupo das terceiras forças e olhe lá.

Do time que apanhou dos colombianos ontem no Chile (apesar do placar magro de 1x0, não vimos a cor da bola), Jefferson, Filipe Luis, Fernandinho, Elias, Fred, Douglas Costa e Firimo não reúnem condições de serem titulares da seleção brasileira. Quiçá merecem ser suplentes. Desde seu último trabalho na seleção, quando convocava o inexpressivo Afonso, Dunga tem a mania de chamar atletas desconhecidos dos brasileiros que, migrando para a Europa precocemente, realizam 2 ou 3 bons jogos por seus clubes (alguns em centros boleiros de pouca tradição) e já são premiados com convocações. Chegam na seleção, atuam de forma razoável em 2 ou 3 amistosos, mas, quando o cerco aperta e a partida é pra valer, somem em campo e são engolidos pelos rivais.

O Brasil, que até pouco tempo atrás exportava talentos a granel, hoje vive escassez em várias posições, chegando ao ponto de invejar jogadores de centros vizinhos com menos expressão do que nós. Com efeito, não temos um centroavante como Paolo Guerrero, um lateral esquerdo como Armero e um volante como Cuadrado. Na meia-esquerda, onde o Brasil tem tradição em produzir craques, não temos um atleta como James Rodrigues, Arturo Vidal ou Valdivia. É lamentável!

Se está difícil assistir aos jogos do seu clube de coração, onde o fanatismo da torcida é invariavelmente maior, imagina acompanhar a seleção brasileira que, além de capenga, não tem identificação alguma com o povo brasileiro. O jeito será torcer pra molecada do sub-20 vencer a Copa na madrugada de sexta para sábado, em duelo final contra a Sérvia, pois o futebol profissional brasileiro está nocauteado e sem perspectivas de reação.

Abraços

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Na esteira do Brasileirão, Copa América começa com pouco brilho

Malgrado o bom final de semana do trio de ferro paulistano (vitórias de Corinthians, S.Paulo e Palmeiras), mais uma vez a rodada do Brasileirão apresentou baixo nível técnico, erros grosseiros de passes e arremates, além de pouca emoção, fruto também da precocidade do certame que, ainda na sétima rodada, se estenderá até dezembro.

A novidade ficou por conta do início de mais uma Copa América, competição mais antiga e mais depreciada que sua irmã europeia, e que a exemplo do Brasileirão, ao menos nos primeiros jogos, não entusiasmou os torcedores, valendo frisar que dos quatro principais candidatos ao caneco, dois deles, Argentina e Colômbia, não obtiveram vitória (aponto também como favorito o Chile e o Brasil).

A Colômbia, liderada por Falcão Garcia e James Rodrigues, protagonizou a maior zebra até agora, ao perder para a Venezuela por 1x0, e sem apresentar em nenhum momento grande superioridade em relação ao rival. Ou seja, na média, a realidade é que a badalada Colômbia não é muito melhor do que a esforçada Venezuela.

A grande favorita Argentina, que sem dúvida possui as melhores individualidades, pareceu que golearia o Paraguai no primeiro tempo, entretanto, na segunda etapa, sem intensidade alguma, deixou o rival empatar em 2x2, evidenciando que a inconstância que norteou a equipe na última Copa ainda persiste. Mesmo sendo vice-campeã mundial, a Argentina não fez sequer uma partida excepcional na Copa, mesmo quando enfrentou o frágil Irã, por exemplo. E Messi, genial no Barça, persiste meramente regular no comando de ataque de sua seleção.

O Brasil venceu o Peru por 2x1, gol decisivo nos minutos finais, com grande atuação de Neymar, o esteio da seleção canarinho. Além do craque barcelonista, Willian e Daniel Alves se destacaram, sendo que os demais atuaram dentro duma média regular, apresentando futebol mais ou menos nota 5,5. Gostei do Peru que, habitualmente fraco, deu trabalho ao Brasil, criou boas chances de gol e, com um pouco de sorte nas próximas rodadas, poderá se classificar, pois com atletas como Guerrero, Farfan, Lobatón e Sanchez, os peruanos não devem quase nada para as demais equipes do grupo.

Amanhã, já pela segunda rodada, Uruguai x Argentina farão o primeiro clássico do torneio, em jogo que promete pela rivalidade brutal entre os vizinhos do Rio da Prata. O Uruguai, sem Suarez e contando principalmente com Cavani (que na minha opinião é meramente bom jogador e nada mais), se contentará com um empate, pois, além de mais fraco tecnicamente, já venceu na primeira rodada (1x0 sobre a Jamaica - placar magro demais), ao contrário do poderoso arquirrival. Eu não perco essa partida, que inclusive deverá gerar pontapés a granel.

Abraços

 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Palmeiras vence Corinthians e joga a crise pro rival

O que ocorreu com o Corinthians que, há 2 meses, praticava o melhor futebol do país (não que isso fosse muita coisa), com boa trama de passes e conclusões, perfeita harmonia entre o meio-campo e o ataque, e contando com defesa sólida e segura? Hoje, um dia após a derrota no derby pelo certame Nacional, o que se constata é um alvinegro combalido e inativo, sem alma, sem alternativa e sem força.

Nem há que se colocar a culpa exclusivamente na saída de Guerrero, pois, na efêmera fase áureas de 2015, o time fez boa partidas sem o peruano, como por exemplo, contra o Once Caldas (ida e volta) e São Paulo na estreia da fase de grupos da Libertadores. Por falar em Libertadores, o Corinthians ainda não se recuperou da vexatória eliminação nas oitavas de final, ao contrário, tem arrefecido cada vez mais desde aquela fatídica quarta-feira.

O Palmeiras, ainda inconstante e longe do ideal, atuou bem melhor que o rival, não se intimando com o palco alheio, aproveitando-se da fragilidade alvinegra em sair jogando, e anulando os laterais corintianos que, além de não marcarem bem, apoiaram quase nada. Rafael Marques teve mais uma grande atuação no derby (a exemplo da semifinal do Paulistão), e a dupla criativa palestrina, Valdivia e Zé Roberto, foram muito mais decisivos do que Jadson e Renato Augusto. Caso o Palmeiras forçasse o jogo na segunda etapa, fatalmente ampliaria o placar.

O Corinthians estranhamente viveu de chutões pra frente na tentativa de abastecer o baixo e fraco Romero que, dividindo de costas com a zaga rival, não ganhou praticamente um lance sequer. Sem criatividade pelo meio, e inoperante pelas laterais, o ataque foi presa fácil, mesmo abastecido pelo rápido colombiano Mendoza na segunda etapa (rápido, porém sem objetividade alguma e sem representar referência ofensiva).

O Palmeiras, ao que parece, melhorará no campeonato, mas sem ainda empolgar seu torcedor a ponto de acreditar na busca pela taça. Ainda há muito o que fazer. Por outro lado, o Corinthians, se não reforçar seu ataque e contar com melhora de produção de Vagner Love, do jeito que está (ainda vivendo a iminência de perder mais atletas), brigará para evitar o descenso. Quem diria...

Abraços

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Voltando a falar de futebol...

Bom dia a todos, terminada a ressaca pela eliminação dos paulistanos na Libertadores da América (principalmente do meu Corinthians), retomo o assunto futebol, pelo que passo a expor nos tópicos a seguir:

i) Eliminado de forma vexatória da Libertadores (perder para o inexpressivo Guanari pagaruaio, após escolher o adversário na ultima rodada da fase de grupos, é lamentável e injustificável), o Corinthians é um dos líderes neste início de Brasileirão, mas com um futuro próximo que se desenha nebuloso, haja vista a iminente saída de alguns de seus principais atletas, ícones do recente período áureo do clube, como por exemplo, Sheik e Guerrero (Danilo está de saída marcada para o final do ano). Misteriosamente, Elias não atuou ontem como titular, o que aumenta a especulação acerca de uma possível transferência para o Flamengo (seria a segunda passagem do volante pelo Rubro-Negro) a pedido de Luxemburgo. Por outro lado, evidenciando a penúria financeira atual, não se fala em reforços. Em suma, o Timão, que iniciou o certame como favorito, hoje, não sabe como terminará sequer o primeiro turno da competição, sendo que os dispêndios vultosos de outrora fulminaram com caixa, gerando a necessidade de diminuir a inflacionada e milionária folha mensal de pagamento de salários.

ii) O Palmeiras, a exemplo do ano passado, persiste inconstante e com revezes inexplicáveis, valendo frisar que já se passaram quase 6 meses sem a apresentação de um trabalho sólido por Oswaldo de Oliveira. O Alviverde se reforçou demais, mas com qualidade questionável, prova disto é a fraca dupla de ataque que, sem Dudu, é incapaz de criar jogadas sem depender estritamente da ação dos armadores (e quem também não primam pela constância). Ao que parece, Paulo Nobre tem dinheiro em caixa, fruto de bons patrocínios e do sucesso de seu plano de torcida (Avanti), pelo que deverá contratar mais alguns reforços, mirando mais a qualidade, tendo em vista a fragilidade do elenco em algumas posições (falta um zagueiro, um lateral direito e um atacante de mais categoria).

iii) Mudando de assunto para a Libertadores, achei justa a punição recaída sobre o Boca Jrs que, pela estupidez de seus torcedores, foi excluído da competição atual, abrindo vaga nas quartas-de-final para seu arquirrival que, inclusive, já perdeu a primeira partida para o Cruzeiro em pleno Monumental de Nuñes. O episódio foi lamentável e o Boca é culpado pelo que ocorreu, haja vista ter sido o mandante  do duelo, tendo, pois, a obrigação de garantir, no mínimo, a segurança dos atletas dentro do campo. Jogar mais 45 minutos num outro dia premiaria o Boca, ou seja, o responsável pelos danos, pelo que o mais justo foi sua expulsão.

iv) Finalizo com meus palpites para as semi-finais da competição que, apesar de varzeana e sem critério (não se puniu a exacerbada violência do primeiro "superclássico" argentino, mas se puniu com 3 jogos uma rasteirinha de Emerson Sheik), é a mais importante da América do Sul:

i) Cruzeiro x Racing (Raposa cresce no momento certo e é favorita ao título)

ii) Emelec x Sta. Fé (Acredito que os colombianos perderão do Inter com placar magro, mas fazendo gol fora de casa, e os equatorianos, que venceram o Tigres em casa, conseguirão empatar no México)

Abraços  

quinta-feira, 7 de maio de 2015

De melhor do País à pior dos brasileiros na Liberta

Acreditem, o azeitado Corinthians de meses atrás, insinuante e seguro, hoje, é o pior time brasileiro em ação na Libertadores, pois, conforme os jogos de ontem, não há dúvida de que São Paulo, Inter, Galo e Cruzeiro apresentam mais competitividade que o alvinegro paulistano, vergonhosamente derrotado pelo Guaraní paraguaio por 2x0, resultado difícil de reverter na Arena Corinthians semana que vem.

Ontem no Timão simplesmente ninguém se salvou da modorra, somente o peruano Guerrero, que, ainda sem ritmo de jogo (estava afastado por contrair dengue), foi o que  mais tentou algum lance de efeito. Seu parceiro de ataque, Luciano, pra variar não jogou nada, demonstrou-se nervoso (principalmente com a arbitragem) e escancara a falta de aptidão para atuar pelo clube. Luciano brilha raras vezes, contra adversários inferiores e cansados, haja vista que seu sucesso invariavelmente depende de sua entrada no segundo tempo. É bem verdade que Tite tinha poucas opções pelas ausências de Sheik e Mendoza, porém, creio que Malcon, ou mesmo Vagner Love, teriam sido mais úteis ao lado do centroavante peruano.

Cássio falhou bisonhamente no lance do primeiro gol paraguaio, porém, tem crédito de sobra (falhou também em saídas de gol em lances de cruzamento). Jadson e Renato Augusto, sem tanto crédito assim, mais uma vez sumiram em campo, pelo que não podem reclamar de desconfiança por parte da torcida, haja vista que em momentos delicados e decisivos a dupla simplesmente some em campo. Com Felipe e Fagner, que tiveram desastrosas atuações, eu não me surpreendo, pois ambos são meramente razoáveis, inconstantes, e quando atuam bem atingem no máximo uma nota 5,5. Quando vão mal é mais ou menos o que vimos ontem, desastre que influencia no resultado.

O Corinthians terá muita dificuldade para reverter o resultado, ainda mais com o futebol apresentado nas últimas 4 partidas. Os paraguaios, que deram a vida ontem no campo (não entendo o porquê do alvinegro deixar a desejar em disposição), não são frágeis nem incautos, e se fizeram um golzinho em Itaquera, tornarão a missão corintiana praticamente impossível. Sofrimento brutal previsto para a próxima quarta. A simbiose do Timão com seu estádio será colocada a uma verdadeira prova de fogo.

Nos outros envolvendo brasileiros, grande clássico nacional em Minas e jogo bom no Morumbi, onde o Tricolor, sensivelmente melhor com Milton Cruz, venceu o Cruzeiro por 1x0, placar que poderia ser mais largo, não fosse a boa atuação do cruzeirense Fábio. Incrível como o São Paulo, em tão pouco tempo, tornou-se competitivo e promissor, na contramão de seu arquirrival alvinegro, insosso nos últimos jogos. No "Horto" o Galo contou com a sorte para empatar com o Colorado por 2x2, e agora terá de vencer o rival fora de casa, o que ainda não ocorreu nas míticas viradas atleticanas, todas testemunhadas em Minas Gerais.

Nos dois clássicos brasileiros das oitavas, o duelo está totalmente aberto, porém, creio que São Paulo e Inter levam leve vantagem para as segundas partidas. O Corinthians, repito, terá muitas dificuldades, pelo que atualmente vejo os paraguaios com um pouco mais de chance de avançar às quartas de final.

Abraços    

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Campeões do final de semana e palpites pra Liberta

Bom dia a todos, parabéns aos campeões deste final de semana, sejam os regionais daqui do País, sejam os estrangeiros, como por exemplo, o Chelsea, que, com Mourinho, levantou seu quinto caneco inglês na história, e a Juventus, tetracampeã, que obteve seu 31º scudetto. Os italianos ainda terão as semifinais da Liga dos Campeões que inicia amanhã, onde enfrentarão um favorito Real Madrid, mais completo e melhor tecnicamente.

O Santos bateu o Palmeiras nas penalidades, após obter vitória simples no tempo regulamentar (como previ que ocorreria no texto da semana passada), 2x1, onde mais uma vez verificou-se erros crassos de arbitragem, como por exemplo nas expulsões exageradas de Dudu e Geovânio logo no início do jogo, prejudicando o espetáculo. Dudu (que precisa se acalmar, é bem verdade) era a melhor opção ofensiva palestrina, com mais recursos técnicos e velocidade que seus parceiros Leandro e Rafael Marques. Já o meia santista costuma ser importante na armação de seu time, auxiliando Lucas Lima no municiamento das jogadas complementadas por Robinho e Ricardo Oliveira, dupla de ataque de respeito, melhor inclusive que a do rival. Ou seja, a expulsão dos dois atletas prejudicou a ofensividade dos finalistas e, consequentemente, a possibilidade dum duelo com mais gols.

Nas penalidades, Prass não pegou nenhuma cobrança desta vez, e o Palmeiras, ao contrário do que ocorreu nas semifinais, bateu mal sua série, o que culminou com a 21ª conquista peixeira no Paulistão, igualando-se ao São Paulo (ainda atrás de Palmeiras e Corinthians, respectivamente com 22 e 27 canecos).

O destaque do Paulistão foi Ricardo Oliveira. Chegou com humildade, aceitando "meros" R$ 50.000,00 mensais, dizendo que se garantiria em campo, o que realmente ocorreu. A dupla de treinadores peixeira, Marcelo-Serginho, também merece menção honrosa. Do lado palestrino, os destaques foram Prass e Lucas, além de um espírito competitivo incomum nos últimos anos, o que aumenta a esperança da torcida por um bom Brasileirão.

Nos outros Estados, vale destacar o triunfo vascaíno após um hiato de 12 anos sem títulos carioca, e a vitória do Inter no derradeiro Gre-nal que evidencia duas coisas: o bom time colorado capaz de avançar ainda mais na Libertadores (onde terá difícil duelo contra o Galo pelas oitavas); a fragilidade do time gremista, sem grandes talentos, e que precisa de reforços para brigar por algo no campeonato nacional.

Por fim, palpites percentuais para as oitavas da Libertadores, iniciada na semana passada com a vitória do mexicano Tigres fora de casa contra o fraco Sucre da Bolívia:

i) Boca 60% x 40% River: grande clássico, mas o Boca vive melhor fase, e ainda por cima decide na Bombonera. Vale lembrar que o Boca, apesar de ter menos títulos argentinos que o River, reúne 6 Taças Libertadores, quatro a mais que o arquirrival;

ii) Cruzeiro 55% x 45% São Paulo: duelo equilibrado, com vitórias para ambos os lados em confrontos recentes, sendo que a pequena vantagem da Raposa decorre do fato de decidir em casa;

iii) Corinthians 70% x 30% Guaraní paraguaio: apesar da queda de rendimento do Timão nos últimos jogos, é inegável o favoritismo do alvinegro neste duelo. O time brasileiro é mais tradicional, mais forte e decide em casa;

iv) Racing 70% x 30% Montevideo: repito aqui a mesma leitura que fiz do confronto do Corinthians;

v) Tigres 80% x 20% Sucre: aqui já houve o primeiro jogo na Bolívia, com vitória dos visitantes mexicanos, sendo quase impossível a reversão deste resultado;

vi) Atlético Nacional 60% x Emelec 40%: vantagem não muito grande dos colombianos que, além de decidirem em casa, possuem mais tradição; no entanto, neste ano, o Emelec está competitivo;  

vii) Internacional 50% x Atlético/MG 50%: grande clássico brasileiro entre 2 campeões continentais, com grande equilíbrio, sendo que o Colorado decide em casa. Ficarei em cima do muro, valendo frisar que desta vez o Galo decide fora de casa, contrariando o script que habitualmente norteia seus milagres;

viii) Santa Fé 55% x Estudiantes 45%: ligeiro favoritismo dos colombianos que, apesar de não terem a história do rival na competição (que é tetracampeão), estão um pouco mais fortes e ainda decidem em casa.

Abraços

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Palmeiras deixa de obter vantagem maior em casa

Assunto em epígrafe, vamos aos tópicos (hoje serei breve):

i) Palmeiras foi melhor no geral, porém, perdeu grande chance de obter boa vantagem para o segundo jogo, seja quando perdeu a penalidade mal cobrada por Dudu, seja quando deixou de atacar mais o rival após a expulsão do zagueiro Paulo Ricardo. Me pareceu que o Palestra, com medo de tomar o empate no contra-ataque, privilegiou a vantagem mínima de 1x0, plenamente reversível no duelo em Santos, onde provavelmente Robinho atuará pelo alvinegro peixeiro;

ii) A arbitragem foi terrível (pra variar), errando em três lances capitais na minha opinião: no gol do Palmeiras anotado por Leandro, o meia Robinho, em flagrante impedimento, participa da jogada ao ir em direção a bola e fazer o corta luz, induzindo o zagueiro santista a marcá-lo, deixando livre o lateral Lucas que realizou bom cruzamento (aliás, jogou muito o ala palestrino); o juiz errou também nos lances de penalidade, seja ao não marcar falta clara de Geovânio em cima de Rafael Marques, seja ao anotar penalidade inexistente no lance que culminou com a expulsão do zagueiro santista. Com efeito, a falta foi fora da área, no início da jogada, pois dentro da área, o que ocorreu foi uma baita simulação do avante alviverde, que nitidamente se atira ao chão;

iii) O Santos sentiu demais a ausência de Robinho que, além de limitar a movimentação ofensiva, prejudicou a possibilidade de criação pelo meia Lucas Lima, excelente jogador por sinal. Ricardo Oliveira até que foi perigoso, mas como não possui o arranque de outrora, ao jogar praticamente sozinho no ataque, foi presa fácil para os zagueiros alviverdes;

iv) De se lamentar a postura dos dois técnicos que, expulsos, continuaram transmitindo informações aos seus atletas; o árbitro, ao não enxergar a artimanha, errou novamente.

v) A vantagem palestrina é boa, porém, poderia ter sido muito melhor. Na Vila o favoritismo é peixeiro, principalmente para uma vitória simples, o que levará a decisão para as penalidades, circunstância que, na minha opinião, ocorrerá.

Abraços  

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Majestoso e meus palpites para as oitavas da Liberta

Duvido que o São Paulo atue hoje como vem atuando ultimamente, modorrento, principalmente como demonstrou contra o Santos pela semifinais do Paulistão, quando, por exemplo, deixou o meia santista partir do campo defensivo até o ataque praticamente sem marcação, culminando no primeiro gol santista na Vila Belmiro. Hoje, creio, o Tricolor terá mais coração e disposição, e dificultará o Majestoso para o rival que, desgastado, apresenta queda de rendimento compreensível, ainda mais quando desfalcado de seu principal atleta, Paolo Guerrero. 

Meu palpite é o empate com gols, mais precisamente o 1x1. A disposição que acredito que o São Paulo demonstrará hoje não servirá para solucionar todos os problemas da equipe, mormente a ausência de objetividade ofensiva, fragilidade no apoio pelas laterais, e marcação capenga dos volantes, sobrecarregando os zagueiros que nem de longe lembram Dario Pereyra e Oscar. Pato fará falta, e o inconstante Luis Fabiano será o responsável pelo comando de ataque, o que não alimenta esperança de muitos gols ultimamente. Sem o arranque de outrora, e sem a concentração necessária para evitar lances de impedimento, o Fabuloso tem sido presa fácil para as defesas adversárias.

O Corinthians, já classificado, terá Emerson Sheik ao lado de Vagner Love, que jogou bem contra times pequenos no Estadual, deixando a desejar nos jogos mais difíceis, como constatou-se contra Ponte e Palmeiras. Hoje é um bom dia para Love desencantar, entretanto, particularmente acredito mais num gol de Danilo, Jadson ou do próprio Sheik. 

No outro duelo do grupo 2, creio que o San Lorenzo vencerá por 2x1, tendo 2 motivos para esse palpite: aproveitamento meramente razoável do ataque argentino (que é um time encardido, porém, sem grande poderio ofensivo); dificuldade que será imposta pelo Danubio, seja pela rivalidade com os vizinhos portenhos, seja pela necessidade de encerrar a Libertadores de forma minimamente honrosa; 

No mais, acredito em classificação com vitórias de Inter e Galo, pelo que, de acordo com meus palpites, as oitavas de final terão os seguintes confrontos: 

i) Boca x River
ii) Sta. Fé x Estudiantes
iii) Inter x Guarani
iv) Racing x Montevideo
v) Tigres x Sucre
vi) Cruzeiro x Emelec
vii) Corinthians x Atlético/MG
viii) Atlético Nacional x São Paulo 

Abraços    


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Grandes são semifinalistas no Paulistão/2015

Após 3 anos, os quatro grandes do Estado de São Paulo farão as semifinais do Paulistão, o que, frise-se, é muito bom, pois a primeira fase do certame foi fraca e desinteressante, com jogos modorrentos em campos varzeanos, com exceção justamente dos clássicos.

Agora, Corinthians x Palmeiras e Santos x São Paulo decidirão quem serão os finalistas, com muito equilíbrio na minha opinião, pelo que aponto parco favoritismo dos mandantes (55% x 45%), quase que exclusivamente pelo fato de atuarem em seus domínios.

Não se nega que o Corinthians é o melhor dos grandes atualmente, porém, não contará com sua dupla de ataque titular, Guerrero e Sheik, respectivamente por doença e suspensão. O jeito será confiar em Vagner Love, bom jogador (e reforço que se mostra imprescindível, como vemos agora), porém sem a mesma representatividade de Paolo, ídolo da torcida e melhor atacante em atividade no Brasil. Danilo é outro que pode entrar e, como de hábito, ser decisivo num clássico. Portanto, se eu fosse Tite, escalaria Danilo e Love no posto dos ausentes.

Apesar de se o melhor time do campeonato (e do Brasil, atualmente), o Corinthians foi beneficiado contra a Ponte Preta, pois os campineiros tiveram gol legítimo mal anulado pelo árbitro, quando a disputa ainda marcava 0x0. A Macaca sem dúvida foi o rival mais duro dos semifinalistas e, como bem disse Renato Cajá no final do jogo (aliás, bom jogador o Cajá), tem tudo para fazer um bom Brasileirão, caso mantenha a mesma equipe (e traga também uns 2 ou 3 reforços).

O Palmeiras, rival do Corinthians no próximo domingo, terá na minha opinião três fatores que poderão lhe beneficiar: i) menor pressão que o rival, pois atuará fora de casa; ii) forças voltadas única e exclusivamente para o Paulistão, haja vista não atuar na Libertadores; iii) maior integração de Valdivia e Cleiton Xavier ao elenco, atletas acima da média e com poder de decisão individual e coletivo. Quando o "Mago" entrou no segundo tempo ontem, foi nítida a melhora do Palmeiras, tendo o meia inclusive participado do lance do gol.

No outro clássico, o San-São, vejo o Peixe mais preparado taticamente, e muito equilíbrio técnico, principalmente na parte ofensiva de ambas as equipes. Dum lado teremos Ganso, Pato e Michel Bastos; do outro, Robinho, Ricardo Oliveira e Lucas Lima. A Vila representa forte trunfo da equipe litorânea, e o São Paulo, a exemplo do Corinthians, terá a Libertadores para se preocupar, ainda mais porque sua classificação neste torneio está ameaçada.

Abraços


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Corinthians dá aula de bola; Tricolor se complica.

Ouso dizer amigos: o Corinthians atual é mais insinuante do que o time vencedor de 2012, ao menos ofensivamente, onde a troca de passes curtos e precisos, por cima e por baixo, é capaz de demolir qualquer defesa, ao menos neste nosso continente, onde o futebol está mais precário do que na Europa. Prova disso é o próprio Danubio, um dos representantes do laureado futebol uruguaio, ao lado do inexpressivo Montevideo Wanderers, denotando que a terceira potência boleira da América do Sul está capengando e não é de hoje.

Tite encontrou ótimas opções ofensivas nesta sua volta ao Parque São Jorge, formando um quarteto ofensivo de alto quilate, com Jadson e Renato Augusto como armadores competentes e criativos, e Guerrero e Sheik representando alto poder de fogo, inclusive o carioca, que, atualmente, está mais letal que outrora. Mais atrás, Ralf dá proteção mais que suficiente pros armadores jogarem livremente em direção ao gol, e Elias, um craque na posição de volante, tanto auxilia seu parceiro na marcação, quanto aparece no ataque como elemento surpresa, como ocorreu, por exemplo, no passe ao segundo gol alvinegro marcado de cabeça por Guerrero.

Complementam o time a boa dupla de zaga Gil e Felipe, esse último, em evidente ascensão, e Cássio, goleiro que seguramente merece uma chance na seleção brasileira. Até os limitados laterais Fagner e Uendel (valendo o mesmo para o titular Fábio Santos) estão se destacando. O Corinthians, de 28 jogos invictos em sua casa (onde a simbiose com o estádio, turbinada pela proposital molhada no gramado minutos antes da partida, é impressionante), está com um pé e meio nas oitavas de final, não sofrendo as esperadas agruras do chamado "Grupo da Morte", sendo sem dúvida a melhor equipe da competição até agora, ao lado do argentino Boca Juniors.

No mesmo grupo 2, só que em situação mais complicada, encontra-se o Tricolor paulista que, atuando em Buenos Aires, perdeu por 1x0 para o San Lorenzo, em gol na segunda etapa que contou com mais uma falha bisonha de Rafael Toloi. Um zagueiro experiente como ele, jamais poderia ter tomado o chapéu que tomou do atacante Cauteruccio, autor do gol solitário do Ciclón. Resta ao São Paulo vencer o fraco Danubio no Uruguai, e torcer para o arquirrival vencer os argentinos em Itaquera na próxima rodada, o que, creio, deverá ocorrer. Na última rodada, um conveniente empate no Majestoso servirá para classificar os paulistanos.

Por fim, mais uma ofensa racista é notícia, ocorrida ontem contra o corintiano Elias, chamado de macaco pelo "atleta" uruguaio do Danubio. Lamentável a conduta do uruguaio, que não honra a simpatia de seu povo, porém, mais lamentável ainda é a posição da Conmebol, entidade desacreditada por quem é honesto, e que já se adiantou emitindo parecer de que o ato, apesar de indubitável, não representou ofensa racista. Aconselho o Timão, um dos grandes favoritos ao título, deixar esse assunto de lado, sob pena de ser prejudicado novamente pela arbitragem, a exemplo que ocorreu nas oitavas de final de 2013, no famigerado caso Amarilla.

Abraços;

segunda-feira, 30 de março de 2015

São Paulo na berlinda; Consistência do time de Dunga

Quarta-feira será tensa e decisiva para o torcedor Tricolor que, fora de casa, no Gasômetro lotado, enfrentará um San Lorenzo igualmente sedento pela vitória. Ambas as equipes não estão jogando bem, oscilam demais e evidenciam pouca criatividade em seus jogos, entretanto, não se nega, o São Paulo tem mais qualidade individual. O Ciclón atuará em casa onde é forte e costuma pressionar, como por exemplo fez com o Corinthians, malgrado sair derrotado pelo alvinegro paulistano em duelo que, vale lembrar, ocorreu sem a presença dos fanáticos torcedores argentinos.

O São Paulo, apesar de figurar na segunda colocação do Grupo 2 ("Da Morte"), ainda está na berlinda, pois se perder para o rival dependerá de duas vitórias nos últimos jogos, incluindo o Majestoso no Morumbi onde, afora a pressão pela classificação, terá de suportar a pressão causada pelo recente retrospecto de derrotas perante o arquirrival (inclusive dentro do Morumbi). Também na berlinda encontra-se Muricy Ramalho que, a despeito da competência e da bela história no clube, atualmente amarga uma modorra criativa que salta aos olhos, com esquema tático sem criatividade e previsível, corroborado pela má fase de alguns de seus atletas chaves, como Ganso, Luis Fabiano e Alan Kardec. Tudo sobra para o incansável Michel Bastos que, pelas recentes boas apresentações, já está ficando manjado pelos rivais, assim como todo o time. Falta também poder de fogo ofensivo, pois o time cozinha a bola no meio campo sem finalizar como precisa.

Resumindo, pelas peças que possui, o São Paulo poderia estar melhor, sendo que o técnico é, sim, um dos culpados pela modorra são-paulina. A questão que não deve ser olvidada é a seguinte: se Muricy cair, quem com bagagem encontra-se disponível para assumir o clube? Atualmente, nenhum nome me vem a cabeça.

Palpites percentuais pros jogos da Liberta envolvendo brasileiros nesta semana:

i) Corinthians 80% x 20% Danubio

ii) San Lorenzo 55% x 45% São Paulo (grande chance de empate aqui, o que será bom para o Tricolor)

Por fim, gostei da consistência da seleção de Dunga que, sem brilho algum, mas com brio e dedicação, obteve ontem a oitava vitória consecutiva sob o comando do ex-volante, enfrentando rivais qualificados, como são, por exemplo, Chile e França. O Brasil, consciente de sua atual fase transitória (e escassez criativa), não toma a iniciativa direta, aguardando o rival errar para encaixar um contra-ataque. Essa tática, incomum ao futebol brasileiro, seguramente teria evitado o desastre do 7x1, todavia, seguramente não teria evitado a derrota para a Alemanha. Não sou entusiasta do treineiro gaúcho (que jamais comandou com sucesso algum clube boleiro), porém, não nego que o início de seu trabalho é promissor, ainda mais tendo-se em vista a péssima passagem de Felipão que, ultrapassado e arrogante, além dos revezes, jamais reconheceu sua defasagem profissional.

Abraços  

segunda-feira, 23 de março de 2015

Situação dos brasileiros na Libertadores

Incrível como um time brasileiro, quando está com a corda no pescoço, atua pra valer e consegue êxitos complicados fora de casa, após atuações desmotivadas e sem brilho mesmo jogando nos próprios domínios. Exemplo disto ocorreu semana passada com o Galo que, pressionado por maus resultados, venceu o bom Santa Fé na Colômbia (time nota 6,0), 1x0, resultado surpreendente, seja pela modorra mineira até então constatada, seja pela força que os colombianos possuem principalmente quando atuam em casa. O Atlético agora repete o duelo no Horto, onde já perdeu para o Atlas, portanto, a vibração e o esforço terão de ser os mesmos, ou até maior, pois os colombianos virão como franco-atiradores na busca por mais 3 pontos, haja vista que, fora o rival brasileiro, há no grupo um Colo-Colo competitivo e com tradição, e o Atlas mexicano que também não é galinha morta.

No grupo 2, da morte, enquanto o Corinthians precisa de mais 3 pontos em 3 jogos para provavelmente garantir o primeiro lugar na chave, o São Paulo obteve sofrida vitória contra o San Lorenzo, gol no crepúsculo da partida anotado por Michel Bastos, não me canso de dizer, o melhor tricolor em atividade neste ano. Ganso e Luis Fabiano seguem ruins, com pouca inspiração e muita irritação, o que atrapalha a concentração no que sabem fazer (respectivamente, dar passes e finalizar). Ganso, aliás, me surpreende (negativamente) mais que o centroavante, pois ainda é jovem e com vigor, não justificando a falta de iniciativa para se desvencilhar de seus marcadores. Fabiano, já com 34 anos, não possui a explosão de outrora. O triste é que a idade não serviu para o avante melhorar sua cabeça dentro de campo, sendo que a irritação habitual persiste vigente.

Do Parque São Jorge, li a respeito dum suposto aumento na proposta de renovação à Paolo Guerrero, o que seria ótimo para o clube, pois o peruano voltou a jogar bem depois de sua suspensão na Libertadores, sendo protagonista não só de gols, mas de assistências e boas tabelas pelo chão com seus parceiros Emerson, Jadson e Renato Augusto. Se o time foi meramente razoável no Uruguai, ontem pelo Paulistão voltou a tramar jogadas rápidas no ataque, o que tem sido a tônica da equipe de Tite nas vitórias obtidas. Torço muito, enfim, pela renovação de Guerrero, atacante bom, constante, competente e profissional, jamais envolvido em polêmicas extra-campo.

Por fim o Inter, que no início não contava com a competitividade do equatoriano Emelec (que sempre morre precocemente na praia), obteve bom (e suado) empate no Equador, onde não contou com Nilmar e D'Alessandro, mas sim com o bom Vitinho, ex-Botafogo, que é hábil e tem faro de gol. A vida não está fácil pro Colorado que, na próxima rodada, enfrentará a La Ú fora de casa, enquanto os bolivianos do The Strongest atuarão em seus domínios contra o Emelec, pelo que são grandes as chances do Inter perder a segunda colocação que, no entanto, poderá ser retomada na última partida contra o Strongest no Beira-Rio, onde o bicampeão da América provavelmente jogará sua vida no certame.

O Cruzeiro, de grupo muito fácil, certamente passará sem percalços para as oitavas. Na próxima partida a Raposa certamente obterá 3 pontos contra o lanterna Mineros de Guayana no Mineirão, consolidando ainda mais sua liderança.

Ainda creio na classificação de todos os brasileiros para as oitavas.

Abraços;

segunda-feira, 9 de março de 2015

O peso que o São Paulo carrega nas costas

De 1998 até hoje, com exceção do período de 2004 a 2008, o São Paulo habitualmente perde os clássicos contra o Corinthians, inclusive dentro do Morumbi, onde agora, com o resultado de ontem, já são 13 jogos (8 anos) de invencibilidade alvinegra dentro da casa do rival. No período supracitado, o Corinthians eliminou o São Paulo do Brasileirão e Paulistão/99, Copa do Brasil/2002, além de ter vencido a Liga Rio-SP e a Recopa Sul-Americana em cima do rival, respectivamente em 2002 e 2013.

Ontem, é bem verdade, os comandados de Muricy jogaram melhor do que na estréia da Libertadores, onde igualmente o Tricolor perdeu o Majestoso. O São Paulo teve mais posse de bola e, contando com a injusta expulsão de Gil, pressionou o Corinthians durante quase todo o segundo tempo, porém, mais uma vez, faltaram lances agudos. Centurion foi o melhor tricolor em campo, a despeito de errar finalizações e se precipitar na conclusão de algumas jogadas criadas pela ponta. Fagner teve muita dificuldade em conter o argentino que, consequentemente, forçava o rival a não apoiar.

O problema são-paulino mais uma vez foi constatado na criação de jogadas pelo meio-campo, onde Ganso esteve apagado, restringindo-se a zombar da arbitragem com reclamações ostensivas no intuito de incitar o torcedor das arquibancadas (público baixíssimo, diga-se de passagem). O meia correu sério risco de expulsão. Luis Fabiano foi outro apagado em campo, sempre impedido, o que evidencia que seu habitual nervosismo atrapalha sua concentração. Michel Bastos, o melhor atleta são-paulino da atualidade, ontem, não foi bem, contribuindo para o marasmo criativo da equipe.

A arbitragem, cujos bandeiras foram  perfeitos nos lances de impedimento, falhou brutalmente ao marcar a penalidade que culminou com a injusta expulsão de Gil. O zagueiro nitidamente tentou proteger o rosto duma iminente bolada a ser causada pelo chute a queima roupa de Michel Bastos, sendo que seu braço, no momento em que a bola o toca, estava colado ao corpo. O erro, todavia, é fruto da confusão que hoje norteia os lances de mão na bola (ou vice-versa), onde no país vigora entendimento de se privilegiar a marcação de falta.

Desnecessário falar do corintiano Danilo e seu costumeiro poder de decisão em clássicos, principalmente contra o ex-clube. O meia é um dos grandes jogadores da história do Corinthians, ainda em atividade pelo clube, sendo um prazer para o corintiano vê-lo atuar.

Por fim, considerando-se a epígrafe de hoje, tem-se que o principal problema tricolor nos Majestosos é o peso que o time carrega pela bagagem de derrotas recentes ante o rival, conforme exemplificado no primeiro parágrafo. A cobrança da penalidade perdida por Rogério ontem é um exemplo disso. Raramente o São Paulo consegue marcar o primeiro gol contra o Timão, tendo sempre que correr atrás do resultado, o que aumenta a pressão. Na última rodada da fase de grupos da Libertadores ocorrerá outro clássico, onde, pelo andar da carruagem, o Tricolor precisará vencer o rival para se classificar às oitavas. O peso são-paulino pro próximo duelo poderá ser impossível de ser suportado, culminando com uma eliminação incomum tricolor numa primeira fase de Libertadores.

Abraços

quinta-feira, 5 de março de 2015

Corinthians obtém vitória importante no "Grupo da Morte"

Ótima vitória alvinegra ontem em Buenos Aires contra os atuais campeões da Libertadores, 1x0, gol de Elias, novamente o melhor volante do país (já o foi em 2009). O jogo foi duríssimo, com melhores chances de gol para os hermanos, mas tanto a sorte, quanto Cássio, garantiram o raro êxito alvinegro (o primeiro em solo argentino em Libertadores). A vitória aproxima o Timão da classificação no chamado "Grupo da Morte". Como meu tempo hoje está curto, vamos aos tópicos:

i) Cássio foi decisivo ao realizar defesa extraordinária na parte final da partida, a exemplo do que vem fazendo nos últimos jogos, pelo que, na minha opinião, merece uma chance na seleção brasileira.

ii) Elias, convocado hoje por Dunga, é o melhor volante do país, com bons desarmes, bons passes e bom arremate a gol. O trabalho defensivo de Ralf, especialista nisso, facilita a vida do parceiro mais ofensivo;

iii) O Corinthians realizou uma de suas piores partidas defensivamente, principalmente nas jogadas aéreas, onde principalmente Edu Dracena ficou a ver navios. O Timão também deu mais espaço do que o habitual pros atacantes rivais na entrada da área, razão pela qual houve no mínimo 4 chances claras de gol perdidas pelo Ciclón. No geral, não houve grande superioridade do time da casa, que certamente ressentiu a falta de sua torcida;

iv) O San Lorenzo é um time organizado, aguerrido e razoavelmente técnico. É duro de ser batido e, pois, creio que o São Paulo terá muita dificuldade em vencê-los, tanto aqui quanto em Buenos Aires (com o Nuevo Gasómetro certamente lotado). O Ciclón também abusa das faltas, algumas com violência desnecessária, sendo que ontem contou com a complacência do juiz, habitual quando se privilegia os times de língua espanhola nesta competição continental. O lance que vitimou Renato Augusto, por exemplo, sequer foi punido com cartão amarelo.

Abraços

segunda-feira, 2 de março de 2015

Pitacos no Paulistão e na Libertadores

Sábado o Palmeiras venceu o Capivariano por 2x0, gols de Robinho, boa contratação que até agora tem deixado no bolso o famigerado atacante Dudu, disputado pelo Trio-de-Ferro durante o recesso boleiro. O Palmeiras, que perdeu seus 2 jogos para os únicos times de série A que enfrentou até agora (Corinthians e Ponte Preta), ainda precisa melhorar bastante, o que se espera e está dentro do prazo, haja vista a quantidade de reforços que chegaram em 2015. Certamente que o alviverde se classificará para a fase eliminatória, mas não acredito que lute pelo título. Ainda acho os rivais grandes mais fortes e competitivos. Acredito na capacidade do Oswaldo em azeitar o time, porém, creio que isso ocorra somente a partir de abril ou maio. Quem sabe o clube não briga pela Copa do Brasil?

O São Paulo fez péssima partida contra o Rio Claro, frise-se, abatido por surto de dengue, e contando com atuações muito ruins de Pato e Kardec. O primeiro, ao que parece, seguirá inconstante, ora jogando bem, ora se restringindo a movimentação ofensiva sem objetividade. Já o segundo esqueceu seu futebol no ex-clube, sendo que passou da hora de ir buscá-lo (é logo ali no CT ao lado). Michel Bastos, pra variar, foi o melhor da equipe que folga na Libertadores nesta semana e encara outro Majestoso no domingo, desta vez no Morumbi pelo Paulistão (clássicos precoces demais no certame regional).

O Corinthians capengou no primeiro tempo, mas se impôs na etapa complementar fazendo 3x0 contra o razoável Mogi-Mirim na Arena em Itaquera. Love não atuou bem ao lado de Guerrero, sendo substituído por Danilo que, pra variar, arrumou a casa com sua experiência, cadência e inteligência para fazer o jogo fluir com menos erros. Jadson mais uma vez foi decisivo, ao anotar belo gol (o primeiro) e o menino Yago, zagueiro reserva recém alçado do sub 20, demonstra que poderá ser útil na temporada. Para o Corinthians o importante mesmo é o duelo desta quarta-feira contra o San Lorenzo na Argentina pela Libertadores, sem a torcida local no estádio "Nuevo Gasometro". Um empate é bom resultado, e perfeitamente atingível pelo alvinegro que, a despeito de enfrentar o atual campeão, possui time mais qualificado.

Por fim o Santos, de previsões pessimistas no início da temporada, vai muito bem no Paulistão, capitaneado por Robinho, em boa fase, e pelos jovens Lucas Lima e Geovânio. Ricardo Oliveira está começando a engrenar, a exemplo do experiente volante Renato, ainda muito importante. Isso valoriza a equipe santista vencedora de 2002 a 2004, pois, ainda hoje, parte desta trupe ainda é competitiva vestindo a gloriosa camisa alvinegra praiana (Renato, Robinho, Oliveira e Elano são remanescentes daquela equipe). De se elogiar também o técnico Enderson Moreira, de fraco trabalho no segundo semestre do ano passado (e com demasiadas críticas ao seu antecessor no Peixe - Oswaldo Oliveira), mas que agora, ao que parece, encontrou um time que, mesmo com a saída de atletas importantes, demonstra capacidade de jogar contra qualquer clube no país de igual pra igual.

Abraço

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Polêmica declaração de Lodeiro: quem é maior, Corinthians ou Boca?

Hoje as mídias sociais (mormente as voltadas aos assuntos esportivos) repercutiram em polvorosa a declaração de Lodeiro que, sem jogo de cintura (a exemplo de seu fraco futebol), declarou em entrevista que o Boca Jrs, seu atual time, é maior que o Corinthians, seu ex-clube. Obviamente que a polêmica poderia ser evitada, mas o atleta, certamente no intuito de ganhar moral com a massa xeneize, preferiu propagá-la.

É muito difícil mensurar a grandeza de times, ainda mais de países diversos. No caso de brasileiros contra argentinos, é indispensável considerar 2 fatores que favorecem os brazucas, sendo eles:

i) maior tradição do futebol brasileiro, pentacampeão mundial, contra dois títulos da Argentina, polêmicos e contestados, pois, em 1978 houve a provável compra da seleção peruana que se deixou golear pelos anfitriões (prejudicando o Brasil), e, em 1986,  em duelo duríssimo pelas quartas de final, Maradona decidiu o duelo contra a Inglaterra com um gol de mão, flagrantemente irregular.

ii) no Brasil temos 12 times grandes (4 de SP, 4 do RJ, 2 de Minas e 2 do Rio Grande) contra 4 times grandes da Argentina (River, Boca, Racing e San Lorenzo). Não precisa ser nenhum gênio para deduzir que é muito mais difícil a classificação à Libertadores prum time brasileiro do que prum argentino. Se estendermos a comparação ao Uruguai, terra de Lodeiro, a distância é ainda mais evidente, pois lá há somente 2 clubes grandes (Nacional e Penarol).

Outro ponto que evidencia a maior competitividade do futebol brasileiro são os regionais, inexistentes nos demais países, inclusive na Argentina. O Corinthians, citado na polêmica em epígrafe, reúne 26 canecos do Paulistão, onde disputa todos os anos contra Santos, São Paulo e Palmeiras, times igualmente gigantes e todos campeões continentais. Com efeito, são 4 campeões continentais num único estado dentro dum país. Quem conhece a história do futebol brasileiro, sabe que antigamente se dava muito mais importância pros regionais em detrimento da Libertadores, cujo interesse brazuca pela competição aumentou somente nos anos 90, após o bicampeonato conquistado pelo São Paulo.

Não se nega a grandeza do Boca (a exemplo do River, Racing, Estudiantes, Penarol, Nacional, Olímpia, etc...), seis vezes campeões da Libertadores e tri mundial. Porém, medir a grandeza dum clube tão somente por suas conquistas internacionais representa visão simplista e simplória, pois, se assim for, não há clube brasileiro que se compare ao falido Independiente argentino, sete vezes campeão continental, mas que há décadas malogra sem conquistas e sem dinheiro para montar um time meramente razoável.

Todos os grandes brasileiros, a exemplo dos argentinos e uruguaios, são gigantes sul-americanos, devendo, pois, serem igualmente respeitados, pois quando duelam entre si, tudo pode acontecer. Exemplo disto, foi o título da Libertadores de 2012 onde o Corinthians derrotou, com sobras, o Boca Jrs.

Abraços.  

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Corinthians vence primeiro Majestoso com autoridade

Ontem ficou clara a superioridade tática e técnica atual do Corinthians que, insinuante (ao contrário dos tempos de Mano Menezes), envolveu a defesa são-paulina em vários lances, capitaneado pelo quarteto Elias, Renato, Jadson e Danilo. Somente o Timão teve chances claras de gol, pelo que o placar poderia ter sido ainda mais amplo.

Do lado tricolor, de boa posse de bola mas pouca agressividade (inclusive como reconheceu um lúcido Muricy após o jogo), praticamente nenhum chute perigoso foi dado contra o gol de Cássio, sendo certo que o time precisa melhorar sensivelmente para se classificar às oitavas, o que é plenamente possível, pois o São Paulo reúne elenco e comissão técnica competentes.

Tite (que não canso de repetir, impressiona com sua rápida readequação no alvinegro) acertou em cheio ao escalar Danilo no posto de Guerrero, pois o meia, auxiliado pelos seus parceiros de meio-campo, conseguiu dar vazão às jogadas ofensivas, principalmente pelo chão, onde o Corinthians toca a bola rapidamente e com objetividade, utilizando a categoria dos bons atletas de frente. Somente as bolas aéreas é que foram infrutíferas no time de Pq. São Jorge. Jadson fez sua melhor partida pelo clube, demonstrando seu crescimento, sendo que será uma pena se o meia se transferir para a China, a despeito da grana que esta possível transação deve envolver. No mais, destaques habituais para Gil, Ralf, Renato e Elias, esse último que, ao que parece, retoma seu ótimo futebol em 2015.

Não desgosto de Mano Menezes, e reconheço seu bom trabalho no segundo turno do Brasileirão/2014, vencido pelo Corinthians (título simbólico). Porém, é inegável a melhora do time com Tite, sendo que a principal prova disto é a independência da equipe em relação ao centroavante Guerrero. Com efeito, hoje, o peruano não é mais imprescindível (apesar de ser inegavelmente importante).

Muricy errou ao escalar Michel Bastos na lateral, pois perdeu a força ofensiva de seu meia mais ativo, não resolvendo o problema do avanço pela esquerda (geralmente capenga com Reinaldo). Melhor teria sido deixar Michel ao lado de Ganso, pois a profundidade ofensiva melhoraria, e mais chances seriam criadas para o esforçado Luis Fabiano (que mantém seu inexplicável nervosismo em campo) e o sonolento Kardec, que não é nem sombra do atacante perigoso da época de Palmeiras.

Por fim, no lance do segundo gol corintiano, concordo com os que falaram que a falta é habitualmente marcada somente em solo brasileiro. O mero encostão de Sheik em Bruno passaria batido em Copa do Mundo, Libertadores e torneios estrangeiros. Frise-se que o lance foi antes da linha do meio de campo, sendo que o São Paulo foi incapaz de conter o avanço de Emerson, evidenciando, na minha opinião, falha da zaga tricolor, a exemplo do primeiro gol onde Elias recebeu sozinho para arrematar contra Rogério.

O Corinthians deu um grande passo dentro do chamado "Grupo da Morte". O São Paulo, apesar da derrota, tem tudo para se classificar. Que hoje Danubio e San Lorenzo empatem na Argentina, resultado que beneficiará os rivais paulistanos.

Abraços.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Análise do Grupo da Morte da Libertadores (grupo 2)

Sacramentada a classificação corintiana ontem com o empate em 1x1 contra o Once Caldas em Manizales, o grupo 2 desta edição da Libertadores promete ser acirradíssimo, pois reúne, além do atual campeão San Lorenzo, os arquirrivais paulistanos Corinthians e São Paulo.

São 3 campeões da Libertadores, 2 campeões mundiais, e somente 2 vagas para as oitavas de final. Na próxima quarta-feira, a Arena Corinthians receberá o primeiro Majestoso da fase de grupos, e o primeiro na Libertadores em toda a história. Este mesmo clássico encerrará esta fase, quando os rivais voltarão a se encontrar no estádio do Morumbi pela sexta rodada. Em suma, após meses de modorrento Brasileirão, até que enfim grandes emoções se avistam para os torcedores, principalmente os residentes da cidade de São Paulo. Os duelos certamente mexerão com a metrópole.

Complementando este grupo e correndo por fora nesta briga está o Danubio Futbol Club do Uruguai, time que jamais conquistou a América, porém, é o atual campeão de seu país, pelo que merece respeito. Nos últimos anos, a Libertadores tem apresentado algumas surpresas, como por exemplo, os quatro semifinalistas inéditos da edição passada. Mesmo assim, correndo risco de errar, pela menor tradição e inferior qualidade técnica em relação aos rivais, creio que os uruguaios ficarão em quarto lugar na chave.

O San Lorenzo atual é mais fraco que o campeão do ano passado, que, convenhamos, era um time nota 6,0 e olhe lá. Tecnicamente é inferior aos brasileiros, porém, é forte em seu estádio, tem tradição (principalmente dentro da Argentina onde é tido como um dos 5 grandes) e sabe jogar com catimba, a velha artimanha portenha que, volta e meia, acomete os brasileiros. Ao contrário dos rivais brasileiros no grupo, os argentinos perderam o Mundial de Clubes para o Real Madrid no final do ano passado, além de perderem a primeira partida da final da Recopa para o River Plate fora de casa.

Entre os rivais paulistanos, muito equilíbrio no papel, seja no time principal ou no elenco, entretanto, pelo que apresentaram até agora em 2015, vejo o Timão um pouco a frente do Tricolor, principalmente no entrosamento ofensivo que culmina com boas tramas do ataque alvinegro (a readaptação de Tite no comando é impressionante). O conjunto são-paulino, que ontem jogou bem contra o Santos na Vila pelo Paulistão, ainda não empolgou tanto quanto o do rival, porém, a diferença é pequena e, repito, no papel, o equilíbrio é rigoroso.

Simplesmente teremos de um lado, Jadson, Renato Augusto, Sheik e Guerrero (que não atuará na primeira partida, podendo ser substituído por Danilo, Vagner Love, ou Malcon). Do outro lado, Michel Bastos (em grande forma), Ganso, Luis Fabiano e Kardec (ou Centurioun, valendo lembrar que Pato não poderá atuar pelo Tricolor nos Majestosos). Os goleiros das duas equipes, que brilharam no Japão quando disputaram o Mundial de Clubes, também estão em grande fase.

Desde já não ficarei em cima do muro e, resumindo, creio que Corinthians e São Paulo avançarão para as oitavas. Uma coisa é certa: o ano boleiro de 2015 entrará para a história, pois, como bem disse Tite ontem a noite, os duelos serão gigantes.

Abraços    

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Danilo decide o derby paulista

A despeito da bizarrice da FPF em agendar o maior clássico do Estado para a terceira rodada, onde os clubes ainda entrosam seus grupos e adaptam os reforços recém contratados, Palmeiras e Corinthians realizaram bom jogo ontem na Allianz Arena, com vitória do Timão por 1x0, gol de (Zi)Danilo que, não me canso em dizer, é um dos maiores jogadores da história alvinegra e um verdadeiro privilégio vê-lo atuar.

O misto corintiano que entrou em campo no clássico, individualmente, era superior ao time escalado por Oswaldo Oliveira que, é bem verdade, ainda não contou com sua força máxima, haja vista os reforços que ainda não atuaram (O Palmeiras, portanto, não deixou também de ser um mistão). Coletivamente, a superioridade do time do povo saltou aos olhos, pois, mesmo atuando quase todo o segundo tempo com um homem a menos, o Corinthians conseguiu se defender sem maiores sustos, com boa compactação, tendo ainda a chance de matar o jogo num contra-ataque puxado pelo veloz colombiano Mendoza que, no momento do arremate, chutou em cima de Fernando Prass.

Achei injusta a expulsão do goleiro Cássio. Se é certo que tentou ganhar tempo fazendo cera que, é certo também que o juiz sanou esta artimanha com exagerados 6 minutos de acréscimo, pelo que vale a pergunta: se deu seis minutos acréscimos pela enrolação alvinegra, por que também expulsou o arqueiro corintiano? O alvinegro, pois, foi punido duas vezes, o que, repito, achei injusto.

No Corinthians gostei de Danilo, Mendoza, Bruno Henrique, Petros, Gil e Edu Dracena, que estreou muito bem num clássico quente e difícil, demonstrando que provavelmente formará boa dupla de zaga com o central suplente da seleção brasileira. Não gostei de Fábio Santos, que inclusive precisa melhorar seu futebol neste início de ano. Do lado alviverde, me agradaram Zé Roberto, Tobio, Robinho e Allione. Victor Hugo, no entanto, falhou bisonhamente no gol corintiano, juntamente com Fernando Prass que, experiente, deveria ter evitado o passe na fogueira dado ao zagueiro.

Incrível como Tite se readaptou bem ao Corinthians, após um ano de hiato no comando do elenco. Desde a vitória contra o Bayer Leverkusen, o Timão enche de esperança seus torcedores. Já Oswaldo de Oliveira, cujo auge no futebol brasileiro ocorreu há 15 anos atrás justamente no comando do arquirrival, precisa se acostumar com as cornetas e a pressão que habitualmente norteiam o Palestra, ainda mais atualmente onde o clube vive jejum de títulos importantes. É óbvio que o Palmeiras melhorará quando tiver todos os reforços a disposição, principalmente Arouca e Cleiton Xavier, valendo lembrar que o alviverde, ao contrário dos rivais da capital, teve de remontar seu elenco para 2015. E há muito ainda o que fazer.

Abraços    

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Palpites da Pré Libertadores

Nesta semana começa a Pré Libertadores, necessária para fechar a composição dos grupos sorteados ano passado, sendo que seguem meus palpites com considerações maiores acerca do jogo do Corinthians, único brasileiro que disputará esta etapa:


i) Once Caldas (Col) 40% x 60% Corinthians
Duelo complicado que reúne dois campeões na fase preliminar, sendo que o time colombiano decidirá em casa, a exemplo do que ocorreu com o Tolima em 2011. O Corinthians, além de ser mais forte tecnicamente, me parece mais competitivo neste início de ano, o que se comprova pelos resultados das equipes neste final de semana, onde o Timão venceu bem o Marília por 3x0 na estréia do Paulistão, e os colombianos perderam pelo certame local.
Aposto minhas fichas no Corinthians, sem muita vantagem sobre o rival que, como principais armas, conta com o atacante Arango, o goleiro Cuadrado e a altitude de Manizales (2.150 metros, sendo que S.Paulo possui cerca de 750 metros de altitude). Com a saída de Lodeiro para o Boca (e que certamente não fará falta pois não jogou bem pelo alvinegro), Jadson assumirá a responsabilidade de armação juntamente com Renato Augusto, o segundo melhor jogador do time, atrás apenas de Guerrero. É a chance que o ex-são-paulino terá para finalmente emplacar no time. Confio em Jadson!

ii) Huracán (Arg) 40% x 60% Alianza Lima (Per)
Mesmo decidindo em casa, aposto em classificação dos peruanos, mais habituados à competição, porém, sem muito favoritismo;

iii) Estudiantes (Arg) 75% x 25% Independiente Del Valle (Eqdor)
Os argentinos, tetracampeões da competição, decidirão em casa e provavelmente farão valer a maior técnica e tradição sobre o time equatoriano que, nesta edição, disputa sua segunda copa.

iv) The Strongest (Bol) 60% x 40% Monarcas Morelia (Mex)
Confesso-lhes desconhecer o time mexicano que, como desvantagem, brutal por sinal, decidirá o duelo na altitude de 3.600 metros de La Paz, o que é complicadíssimo. Ademais, os bolivianos cresceram nas últimas competições, tendo inclusive disputado a semifinal ano passado com o Bolívar.

v) Nacional (Uru) 70% x 30 Palestino (Chi)
Confio na antiga potência uruguaia, tricampeã continental e mundial (e que decidirá o duelo no Centenário), contra o modesto time chileno que, em sua história, foi bicampeão chileno, sendo a última conquista em 1978 quando Elias Figueroa atuou pelo clube.

vi) Cerro Porteño (Par) 60% x 40% Deportivo Táchira (Vez)
Os paraguaios decidirão em casa e possuem mais qualidade que o time venezuelano, presente em muitas edições da Libertadores, sempre sem sucesso.

Abraços

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Pitacos sobre as preparações dos times brasileiros

Bom dia (quase boa tarde), assunto em epígrafe, vamos aos tópicos:

i) Inicio com o nono título da Copinha conquistado pelo Corinthians, cuja relação com a preparação do time principal é o aproveitamento de jovens atletas, sendo que recomendaria, no mínimo, o volante Marciel, o meia Matheus Cassini e o atacante Gabriel Vasconcelos. Este aproveitamento é primordial, pois o clube encontra-se com problemas de caixa, sem grana para contratações de medalhões (e que muitas vezes não funcionam). O Corinthians está a praticamente uma semana do primeiro duelo pela Pré Libertadores, cujo resultado afetará seu ano boleiro, sendo imprescindível que até lá, Tite consiga padronizar o time titular, onde Lodeiro, até agora, não se adaptou como parceiro de armação de Renato Augusto;

ii) Estou com boas impressões do Flamengo que, com contratações pontuais e sem muita badalação, venceu o torneio em Manaus após bater Vasco e São Paulo. Vale lembrar que o Rubro Negro é dirigido por Luxemburgo, cuja capacidade ninguém duvida, e que, concentrado apenas em seu trabalho, sabe conduzir um elenco como poucos. Não há problemas de salários atrasados nesta atual direção, circunstância que dá tranquilidade aos jogadores;

iii) No Palmeiras, que contratou um batalhão de atletas, os reservas, turbinados pelos reforços que ainda se adaptam ao clube, venceram os titulares que ainda contaram com Mendieta, meia que não reúne condições de vestir a camisa palestrina. Do meio pra frente, imagino o Palmeiras da seguinte forma: Renato, Amaral, Alan Patric e Valdivia (ou Allione ou Robinho); Dudu e Leandro (Alan Patrick também pode atuar na linha de frente). Há ainda a possibilidade de Zé Roberto atuar como meia, pelo que salta aos olhos a diferença de elenco do alviverde em relação ao magro ano passado.

iv) O Santos, pra muitos favorito ao rebaixamento por causa da crise financeira e perda de atletas importantes, na minha opinião, não está com um time tão fraco assim, pois ainda reúne Thiago Ribeiro, Lucas Lima, Geovanio, Robinho, Ricardo Oliveira e Elano. Se Marquinhos Gabriel, que chegou agora, retomar seu bom futebol das categorias de base, o Peixe ficará minimamente competitivo, capaz de brigar por vaga na Sul-Americana. Não acredito em descenso do Peixe (que seria inédito);

v) O São Paulo, de time praticamente pronto e contratações pontuais, decepcionou no torneio de Manaus, principalmente contra o Flamengo que dominou o Tricolor durante quase todo o duelo. Pode-se dar um desconto pela ausência de Muricy que, a despeito de não jogar, faz falta na beira do campo. Luis Fabiano persiste nervoso e inconstante, e Pato, pra variar, sem empolgar sequer seus parentes. Mesmo assim espero um São Paulo forte no primeiro semestre, com Michel Bastos tendo plena capacidade de substituir Kaká na minha opinião. Li que o argentino Centurion pode chegar, o que representará bom reforço ofensivo, pelo que vi dos jogos do Racing ano passado (assisti a umas 3 partidas pela Fox, incluindo o jogo do título no Estádio do Gasômetro);

 vi) Neste final de semana faleceu em Londrina Neneca, ex-goleiro do Guarani, campeão brasileiro em 1978. Aquele Bugre jogava com: Neneca, Mauro, Gomes, Edson e Miranda; Zé Carlos Zenon e Renato; Capitão, Careca e Bozó. Se fosse hoje, esse time seria o melhor do país. Uma pena o que virou o histórico Guarani de Campinas, valendo o mesmo para a Lusa, que, atualmente, vive de doações de torcedores para alimentar seus jogadores. Saudades de outrora...

Abraços

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Florida Cup evidencia importância de Guerrero

Após iniciar com derrota sua participação no torneio Florida Cup nos EUA, o Corinthians venceu o Bayer Leverkusen, terceiro colocado no Alemão, por 2x1 de virada com dois gols de Paolo Guerrero.

O resultado foi bom e animador, pois os brasileiros, ao contrário dos alemães, voltaram de férias há pouco tempo e estão iniciando a preparação para o ano boleiro de 2015, principalmente pros 2 confrontos da pré Libertadores contra o perigoso Once Caldas, marcados para os dias 04 e 11 de fevereiro. No meio destes confrontos, haverá o derby paulista na Arena Palestra, outro jogo que, pela rivalidade, promete bastante.

Eleito o craque do torneio norte-americano, Paolo Guerrero mais uma vez comprovou ser o principal atleta corintiano, dentro e fora de campo, sendo imprescindível a renovação de seu contrato para que o Corinthians persista competitivo neste ano. O peruano, elogiado inclusive pelos jogadores rivais após o jogo de sábado, é o melhor centroavante do país (quiçá da América do Sul - atuando no continente) e, pelo visto, não esmorecerá em 2015, razão pela qual vale o alto investimento que sua renovação representará.

Sem Guerrero, o Corinthians perderá ao menos 50% de seu poderio ofensivo, pois Luciano e Romero, pelo que vimos ano passado, não reúnem condições de titularidade. Mendoza, apesar de hábil e serelepe, não me convenceu a ponto de comandar o ataque alvinegro (jogador que precisa deixar de lado as firulas, e atuar com mais seriedade do que demonstrou nos 2 últimos jogos). Sheik, que voltou com apetite, não é goleador e continua muito individualista, estragando as jogadas ofensivas com arremates sem direção. Tenho saudades do Sheik de 2011 e 2012, quando era decisivo e solidário, como por exemplo, quando deu passe para Adriano marcar contra o Galo na virada pelo segundo turno do Brasileirão vencido pelo alvinegro paulistano.

Em suma, Guerrero é o único goleador do Corinthians e nenhum reforço contratado até agora servirá para dividir essa responsabilidade com ele. Desde o ano passado, insisto que o clube deveria contratar outro atacante de peso (renome), inclusive como prioridade, ao invés de atletas de meio-campo, setor onde sobram jogadores. Não houve esta contratação que, na minha opinião, fará falta ao longo do ano, deixando o elenco muito  dependente de seu ídolo, frequentemente chamado para defender a seleção de seu país.

Poucos detalhes faltam pro Corinthians acertar seu time titular que iniciará a temporada, sendo este provavelmente os onze titulares: Cássio, Fagner, Gil, Felipe (ou Dracena, se for confirmado) e Fábio Santos; Ralf, Elias, Lodero e Renato Augusto (em ótima fase); Sheik e Guerrero. Eu ainda desconfio da capacidade de Lodero em ser titular, pelo que pensaria em armar o meio campo com Ralf, Cristian, Elias e Renato. O poder de marcação ficaria mais forte, sem prejudicar a armação das jogadas, pois Elias e Cristian têm talento para dar assistências.

Abraços.    

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Contratações 2015 dos clubes brasileiros

Bom dia e feliz 2015 a todos. Contando os dias para o final do recesso boleiro (muito chato as quartas e finais de semana sem futebol brasileiro), miro minhas forças para o mercado de contratações, pelo que passo a expor:

i) Grande atitude da diretoria palestrina ao contratar o atacante Dudu para o clube, surpreendendo os arquirrivais paulistanos que, conforme veiculado pela mídia especializada, há dias negociavam a contratação do jovem atleta, nota 6,0 até agora, mas com potencial para crescer. O Palmeiras, que demonstra força e grandeza com esta aquisição (qualidades estranhamente olvidadas no ano do centenário), agora reúne Zé Roberto e Valdívia no meio campo, e Dudu e Leandro Banana no ataque, o que melhora consideravelmente o poder de fogo palestrino em relação ao ano passado. Arouca e Aranha ainda podem chegar, pois, insatisfeitos com salários atrasados, estão se desligando do Santos. Se Arouca confirmar a troca de clube, o Palmeiras formará um ótimo meio-campo.

ii) No Corinthians, que tenta o milagre de contratar sem dinheiro (???), a principal atração foi o retorno do técnico-ídolo Tite, além do volante Christian, de quem eu gosto muito. O problema maior continua sendo a renovação do contrato de Guerrero, além da contratação de um atacante de renome para compor a dupla de ataque, valendo frisar que o ano corintiano começa forte no dia 04/02/2014, quando se inicia a difícil pré Libertadores contra o Once Caldas da Colômbia, campeão da competição em 2004, igualmente ao Timão em 2012. Nos treinos que estão ocorrendo na Flórida, Tite vem dando chance ao uruguaio Lodeiro, bom jogador que, no entanto, não despontou em 2014. Se eu fosse treinador corintiano, apostaria num meio de campo com Ralf, Cristian, Elias e Renato (onde o armador terá total liberdade para criar), além de um ataque com Guerrero e Sheik. O colombiano Steve Mendoza, ao que parece, está se destacando nos treinos, podendo ser opção para o lugar de Emerson.

iii) O São Paulo é outro que pouco se reforçou até agora (Carlinhos, lateral esquerdo, é a principal atração), tendo perdido Dudu para o Palmeiras e, ao que tudo indica, sem conseguir contratar o zagueiro Dória, sonho de Muricy Ramalho (o tal do zagueiro canhoto). É bem verdade que o Tricolor já possui um elenco qualificado (nota 6,0 a 6,5), capaz de lutar pelos títulos que disputará na temporada, porém, um zagueiro como Dória cairia como uma luva no time, assim como um atacante veloz para atuar no lugar de Oswaldo, pretendido por outros clubes e que não vingou no time do Morumbi. Diferentemente do Corinthians, o São Paulo já está na fase de grupos da Libertadores, onde estréia no dia 18 de fevereiro, provavelmente contra o próprio arquirrival em duelo que, se confirmado, ocorrerá na Arena Corinthians.

iv) Sem dinheiro e com salários atrasados (o que é raridade no time da baixada), o Santos encontra-se na iminência de perder jogadores importantes (Arouca e Aranha), e sem apresentar até agora contratação de impacto (mesmo que relativo). Achei ruim o negócio de Leandro Damião com o Cruzeiro, pois o Peixe deveria forçar a barra para que ao menos um atleta dos mineiros lhe fosse cedido, haja vista que a Raposa tem boas opções para permuta. As novidades no elenco poderão ser os veteranos Elano e Ricardo Oliveira, esse último um atacante interessante, de bom arremate, e que poderá ser artilheiro na atual conjuntura do futebol brasileiro.

v) Por fim, quanto aos demais clubes, destaque para as contratações de Marcelo pelo Flamengo, Pratto pelo Galo e o uruguaio De Arrascaeta que está chegando ao Inter. Vi este jogador atuar ano passado pelo Defensor na Libertadores, e ele foi muito bem na armação de jogadas.

Abraços.