segunda-feira, 25 de maio de 2015

Voltando a falar de futebol...

Bom dia a todos, terminada a ressaca pela eliminação dos paulistanos na Libertadores da América (principalmente do meu Corinthians), retomo o assunto futebol, pelo que passo a expor nos tópicos a seguir:

i) Eliminado de forma vexatória da Libertadores (perder para o inexpressivo Guanari pagaruaio, após escolher o adversário na ultima rodada da fase de grupos, é lamentável e injustificável), o Corinthians é um dos líderes neste início de Brasileirão, mas com um futuro próximo que se desenha nebuloso, haja vista a iminente saída de alguns de seus principais atletas, ícones do recente período áureo do clube, como por exemplo, Sheik e Guerrero (Danilo está de saída marcada para o final do ano). Misteriosamente, Elias não atuou ontem como titular, o que aumenta a especulação acerca de uma possível transferência para o Flamengo (seria a segunda passagem do volante pelo Rubro-Negro) a pedido de Luxemburgo. Por outro lado, evidenciando a penúria financeira atual, não se fala em reforços. Em suma, o Timão, que iniciou o certame como favorito, hoje, não sabe como terminará sequer o primeiro turno da competição, sendo que os dispêndios vultosos de outrora fulminaram com caixa, gerando a necessidade de diminuir a inflacionada e milionária folha mensal de pagamento de salários.

ii) O Palmeiras, a exemplo do ano passado, persiste inconstante e com revezes inexplicáveis, valendo frisar que já se passaram quase 6 meses sem a apresentação de um trabalho sólido por Oswaldo de Oliveira. O Alviverde se reforçou demais, mas com qualidade questionável, prova disto é a fraca dupla de ataque que, sem Dudu, é incapaz de criar jogadas sem depender estritamente da ação dos armadores (e quem também não primam pela constância). Ao que parece, Paulo Nobre tem dinheiro em caixa, fruto de bons patrocínios e do sucesso de seu plano de torcida (Avanti), pelo que deverá contratar mais alguns reforços, mirando mais a qualidade, tendo em vista a fragilidade do elenco em algumas posições (falta um zagueiro, um lateral direito e um atacante de mais categoria).

iii) Mudando de assunto para a Libertadores, achei justa a punição recaída sobre o Boca Jrs que, pela estupidez de seus torcedores, foi excluído da competição atual, abrindo vaga nas quartas-de-final para seu arquirrival que, inclusive, já perdeu a primeira partida para o Cruzeiro em pleno Monumental de Nuñes. O episódio foi lamentável e o Boca é culpado pelo que ocorreu, haja vista ter sido o mandante  do duelo, tendo, pois, a obrigação de garantir, no mínimo, a segurança dos atletas dentro do campo. Jogar mais 45 minutos num outro dia premiaria o Boca, ou seja, o responsável pelos danos, pelo que o mais justo foi sua expulsão.

iv) Finalizo com meus palpites para as semi-finais da competição que, apesar de varzeana e sem critério (não se puniu a exacerbada violência do primeiro "superclássico" argentino, mas se puniu com 3 jogos uma rasteirinha de Emerson Sheik), é a mais importante da América do Sul:

i) Cruzeiro x Racing (Raposa cresce no momento certo e é favorita ao título)

ii) Emelec x Sta. Fé (Acredito que os colombianos perderão do Inter com placar magro, mas fazendo gol fora de casa, e os equatorianos, que venceram o Tigres em casa, conseguirão empatar no México)

Abraços  

quinta-feira, 7 de maio de 2015

De melhor do País à pior dos brasileiros na Liberta

Acreditem, o azeitado Corinthians de meses atrás, insinuante e seguro, hoje, é o pior time brasileiro em ação na Libertadores, pois, conforme os jogos de ontem, não há dúvida de que São Paulo, Inter, Galo e Cruzeiro apresentam mais competitividade que o alvinegro paulistano, vergonhosamente derrotado pelo Guaraní paraguaio por 2x0, resultado difícil de reverter na Arena Corinthians semana que vem.

Ontem no Timão simplesmente ninguém se salvou da modorra, somente o peruano Guerrero, que, ainda sem ritmo de jogo (estava afastado por contrair dengue), foi o que  mais tentou algum lance de efeito. Seu parceiro de ataque, Luciano, pra variar não jogou nada, demonstrou-se nervoso (principalmente com a arbitragem) e escancara a falta de aptidão para atuar pelo clube. Luciano brilha raras vezes, contra adversários inferiores e cansados, haja vista que seu sucesso invariavelmente depende de sua entrada no segundo tempo. É bem verdade que Tite tinha poucas opções pelas ausências de Sheik e Mendoza, porém, creio que Malcon, ou mesmo Vagner Love, teriam sido mais úteis ao lado do centroavante peruano.

Cássio falhou bisonhamente no lance do primeiro gol paraguaio, porém, tem crédito de sobra (falhou também em saídas de gol em lances de cruzamento). Jadson e Renato Augusto, sem tanto crédito assim, mais uma vez sumiram em campo, pelo que não podem reclamar de desconfiança por parte da torcida, haja vista que em momentos delicados e decisivos a dupla simplesmente some em campo. Com Felipe e Fagner, que tiveram desastrosas atuações, eu não me surpreendo, pois ambos são meramente razoáveis, inconstantes, e quando atuam bem atingem no máximo uma nota 5,5. Quando vão mal é mais ou menos o que vimos ontem, desastre que influencia no resultado.

O Corinthians terá muita dificuldade para reverter o resultado, ainda mais com o futebol apresentado nas últimas 4 partidas. Os paraguaios, que deram a vida ontem no campo (não entendo o porquê do alvinegro deixar a desejar em disposição), não são frágeis nem incautos, e se fizeram um golzinho em Itaquera, tornarão a missão corintiana praticamente impossível. Sofrimento brutal previsto para a próxima quarta. A simbiose do Timão com seu estádio será colocada a uma verdadeira prova de fogo.

Nos outros envolvendo brasileiros, grande clássico nacional em Minas e jogo bom no Morumbi, onde o Tricolor, sensivelmente melhor com Milton Cruz, venceu o Cruzeiro por 1x0, placar que poderia ser mais largo, não fosse a boa atuação do cruzeirense Fábio. Incrível como o São Paulo, em tão pouco tempo, tornou-se competitivo e promissor, na contramão de seu arquirrival alvinegro, insosso nos últimos jogos. No "Horto" o Galo contou com a sorte para empatar com o Colorado por 2x2, e agora terá de vencer o rival fora de casa, o que ainda não ocorreu nas míticas viradas atleticanas, todas testemunhadas em Minas Gerais.

Nos dois clássicos brasileiros das oitavas, o duelo está totalmente aberto, porém, creio que São Paulo e Inter levam leve vantagem para as segundas partidas. O Corinthians, repito, terá muitas dificuldades, pelo que atualmente vejo os paraguaios com um pouco mais de chance de avançar às quartas de final.

Abraços    

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Campeões do final de semana e palpites pra Liberta

Bom dia a todos, parabéns aos campeões deste final de semana, sejam os regionais daqui do País, sejam os estrangeiros, como por exemplo, o Chelsea, que, com Mourinho, levantou seu quinto caneco inglês na história, e a Juventus, tetracampeã, que obteve seu 31º scudetto. Os italianos ainda terão as semifinais da Liga dos Campeões que inicia amanhã, onde enfrentarão um favorito Real Madrid, mais completo e melhor tecnicamente.

O Santos bateu o Palmeiras nas penalidades, após obter vitória simples no tempo regulamentar (como previ que ocorreria no texto da semana passada), 2x1, onde mais uma vez verificou-se erros crassos de arbitragem, como por exemplo nas expulsões exageradas de Dudu e Geovânio logo no início do jogo, prejudicando o espetáculo. Dudu (que precisa se acalmar, é bem verdade) era a melhor opção ofensiva palestrina, com mais recursos técnicos e velocidade que seus parceiros Leandro e Rafael Marques. Já o meia santista costuma ser importante na armação de seu time, auxiliando Lucas Lima no municiamento das jogadas complementadas por Robinho e Ricardo Oliveira, dupla de ataque de respeito, melhor inclusive que a do rival. Ou seja, a expulsão dos dois atletas prejudicou a ofensividade dos finalistas e, consequentemente, a possibilidade dum duelo com mais gols.

Nas penalidades, Prass não pegou nenhuma cobrança desta vez, e o Palmeiras, ao contrário do que ocorreu nas semifinais, bateu mal sua série, o que culminou com a 21ª conquista peixeira no Paulistão, igualando-se ao São Paulo (ainda atrás de Palmeiras e Corinthians, respectivamente com 22 e 27 canecos).

O destaque do Paulistão foi Ricardo Oliveira. Chegou com humildade, aceitando "meros" R$ 50.000,00 mensais, dizendo que se garantiria em campo, o que realmente ocorreu. A dupla de treinadores peixeira, Marcelo-Serginho, também merece menção honrosa. Do lado palestrino, os destaques foram Prass e Lucas, além de um espírito competitivo incomum nos últimos anos, o que aumenta a esperança da torcida por um bom Brasileirão.

Nos outros Estados, vale destacar o triunfo vascaíno após um hiato de 12 anos sem títulos carioca, e a vitória do Inter no derradeiro Gre-nal que evidencia duas coisas: o bom time colorado capaz de avançar ainda mais na Libertadores (onde terá difícil duelo contra o Galo pelas oitavas); a fragilidade do time gremista, sem grandes talentos, e que precisa de reforços para brigar por algo no campeonato nacional.

Por fim, palpites percentuais para as oitavas da Libertadores, iniciada na semana passada com a vitória do mexicano Tigres fora de casa contra o fraco Sucre da Bolívia:

i) Boca 60% x 40% River: grande clássico, mas o Boca vive melhor fase, e ainda por cima decide na Bombonera. Vale lembrar que o Boca, apesar de ter menos títulos argentinos que o River, reúne 6 Taças Libertadores, quatro a mais que o arquirrival;

ii) Cruzeiro 55% x 45% São Paulo: duelo equilibrado, com vitórias para ambos os lados em confrontos recentes, sendo que a pequena vantagem da Raposa decorre do fato de decidir em casa;

iii) Corinthians 70% x 30% Guaraní paraguaio: apesar da queda de rendimento do Timão nos últimos jogos, é inegável o favoritismo do alvinegro neste duelo. O time brasileiro é mais tradicional, mais forte e decide em casa;

iv) Racing 70% x 30% Montevideo: repito aqui a mesma leitura que fiz do confronto do Corinthians;

v) Tigres 80% x 20% Sucre: aqui já houve o primeiro jogo na Bolívia, com vitória dos visitantes mexicanos, sendo quase impossível a reversão deste resultado;

vi) Atlético Nacional 60% x Emelec 40%: vantagem não muito grande dos colombianos que, além de decidirem em casa, possuem mais tradição; no entanto, neste ano, o Emelec está competitivo;  

vii) Internacional 50% x Atlético/MG 50%: grande clássico brasileiro entre 2 campeões continentais, com grande equilíbrio, sendo que o Colorado decide em casa. Ficarei em cima do muro, valendo frisar que desta vez o Galo decide fora de casa, contrariando o script que habitualmente norteia seus milagres;

viii) Santa Fé 55% x Estudiantes 45%: ligeiro favoritismo dos colombianos que, apesar de não terem a história do rival na competição (que é tetracampeão), estão um pouco mais fortes e ainda decidem em casa.

Abraços