segunda-feira, 23 de março de 2015

Situação dos brasileiros na Libertadores

Incrível como um time brasileiro, quando está com a corda no pescoço, atua pra valer e consegue êxitos complicados fora de casa, após atuações desmotivadas e sem brilho mesmo jogando nos próprios domínios. Exemplo disto ocorreu semana passada com o Galo que, pressionado por maus resultados, venceu o bom Santa Fé na Colômbia (time nota 6,0), 1x0, resultado surpreendente, seja pela modorra mineira até então constatada, seja pela força que os colombianos possuem principalmente quando atuam em casa. O Atlético agora repete o duelo no Horto, onde já perdeu para o Atlas, portanto, a vibração e o esforço terão de ser os mesmos, ou até maior, pois os colombianos virão como franco-atiradores na busca por mais 3 pontos, haja vista que, fora o rival brasileiro, há no grupo um Colo-Colo competitivo e com tradição, e o Atlas mexicano que também não é galinha morta.

No grupo 2, da morte, enquanto o Corinthians precisa de mais 3 pontos em 3 jogos para provavelmente garantir o primeiro lugar na chave, o São Paulo obteve sofrida vitória contra o San Lorenzo, gol no crepúsculo da partida anotado por Michel Bastos, não me canso de dizer, o melhor tricolor em atividade neste ano. Ganso e Luis Fabiano seguem ruins, com pouca inspiração e muita irritação, o que atrapalha a concentração no que sabem fazer (respectivamente, dar passes e finalizar). Ganso, aliás, me surpreende (negativamente) mais que o centroavante, pois ainda é jovem e com vigor, não justificando a falta de iniciativa para se desvencilhar de seus marcadores. Fabiano, já com 34 anos, não possui a explosão de outrora. O triste é que a idade não serviu para o avante melhorar sua cabeça dentro de campo, sendo que a irritação habitual persiste vigente.

Do Parque São Jorge, li a respeito dum suposto aumento na proposta de renovação à Paolo Guerrero, o que seria ótimo para o clube, pois o peruano voltou a jogar bem depois de sua suspensão na Libertadores, sendo protagonista não só de gols, mas de assistências e boas tabelas pelo chão com seus parceiros Emerson, Jadson e Renato Augusto. Se o time foi meramente razoável no Uruguai, ontem pelo Paulistão voltou a tramar jogadas rápidas no ataque, o que tem sido a tônica da equipe de Tite nas vitórias obtidas. Torço muito, enfim, pela renovação de Guerrero, atacante bom, constante, competente e profissional, jamais envolvido em polêmicas extra-campo.

Por fim o Inter, que no início não contava com a competitividade do equatoriano Emelec (que sempre morre precocemente na praia), obteve bom (e suado) empate no Equador, onde não contou com Nilmar e D'Alessandro, mas sim com o bom Vitinho, ex-Botafogo, que é hábil e tem faro de gol. A vida não está fácil pro Colorado que, na próxima rodada, enfrentará a La Ú fora de casa, enquanto os bolivianos do The Strongest atuarão em seus domínios contra o Emelec, pelo que são grandes as chances do Inter perder a segunda colocação que, no entanto, poderá ser retomada na última partida contra o Strongest no Beira-Rio, onde o bicampeão da América provavelmente jogará sua vida no certame.

O Cruzeiro, de grupo muito fácil, certamente passará sem percalços para as oitavas. Na próxima partida a Raposa certamente obterá 3 pontos contra o lanterna Mineros de Guayana no Mineirão, consolidando ainda mais sua liderança.

Ainda creio na classificação de todos os brasileiros para as oitavas.

Abraços;

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