segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Corinthians é o retrato de seu pífio mandatário

Há mais de um mês Mário Gobbi aguarda o final de seu mandato para se despedir da presidência do clube, com a qual, segundo ele mesmo diz, não aguenta mais. Simplesmente jogou à toalha, lavou as mãos e disse que não pode fazer mais nada, pois novas ações ficarão a cargo exclusivo do próximo presidente, a ser eleito apenas em fevereiro do ano que vem.

Ao adotar esta triste postura, Gobbi olvidou a luta pela vaga na Libertadores, ainda uma realidade no clube, mas que agora, após empate em casa contra o fraco Coritiba (2x2), ficou mais distante. Se o mandatário mor do clube desiste de se ativar, como agirão seus subordinados? O bom exemplo, como todos sabem, tem de vir de cima. Com que moral Gobbi cobrará eventual relaxamento do grupo (atletas + comissão técnica), se ele próprio já se deu férias antecipadas?

Quase ninguém no Corinthians aprova o trabalho de Mano Menezes nesta sua segunda passagem, sendo que sua situação no cargo ficou insustentável, após a vexatória eliminação na Copa do Brasil para o Galo por 4x1 em Minas. Gobbi manteve Mano no cargo, não por ainda nutrir confiança no treineiro, mas sim por causa da multa rescisória e iminência do fim do contrato (acabará no final do ano). Na mesma ocasião, Gobbi garantiu que Mano não permanecerá no clube em 2015, desmotivando por completo o ambiente, pois também os atletas se sentiram inseguros com esta postura do presidente. Será que eles permanecerão no Corinthians em 2015 com um nova gerência?

Malgrado a contínua má fase do técnico gaúcho, é certo que ele terá convites para dirigir clubes da primeira divisão ano que vem. Quiçá, um time classificado para a Libertadores. Neste cenário, não seria justo imaginar com qual ânimo Mano atuará para classificar o Corinthians, que, eventualmente classificado, poderá figurar como rival do referido técnico no comando de outra equipe?

Certo é que no sábado, no Itaquerão, o Corinthians foi mal escalado no meio campo, totalmente aberto, e sem um cão de guarda que pudesse marcar Alex individualmente, como por exemplo, Ralf. Bruno Henrique está jogando bem, principalmente com a bola no pé, porém, não possui o mesmo poder de marcação de seu colega, até pouco tempo atrás titular absoluto. Alex dificilmente teria o destaque que teve, caso Ralf tivesse iniciado a partida. No segundo tempo o Corinthians melhorou, e Mano Menezes, no pós jogo, ironizou seus críticos ao sugerir ter sido perfeito nas mudanças. Eu acho que Mano escalou mal o time a princípio, corrigindo-se na segunda etapa, pelo que, obviamente, não tem mérito quase algum. Teria mérito se tivesse escalado um time ideal logo de início, e vencido a importante partida.

Enfim, dificilmente o Corinthians conseguirá a vaga na Libertadores (pretensão mínima do clube), apesar de ainda ter chances claras de classificação. Particularmente, entendo que Inter, Grêmio e Flu chegam nesta reta final com mais força e com menos turbulência. Cruzeiro e São Paulo já estão classificados, restando 2 vagas pros demais envolvidos na disputa, que ainda conta com o Atlético/MG.

Neste modorrento final de ano, o Timão, em campo, é o melancólico retrato de seu mandatário.

Abraços.


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