O resultado do julgamento me pareceu justo, ainda mais se considerarmos a confissão da Federação Paulista de Futebol que responsabilizou uma funcionária pelo nebuloso equívoco. Me parece claro que um clube como o Corinthians, com outras opções de atletas na época para entrar em campo, correria o risco de escalar um jogador (na época pouco badalado) irregular conscientemente, pelo que, se realmente houve a irregularidade, a culpa é das entidades boleiras envolvidas (FPF e CBF), com farto histórico de trapalhadas (haja eufemismo).
Grêmio e Internacional, que brigam com o Corinthians por vaga no G4, acompanharam o julgamento na condição de interessados, porém, caíram do cavalo, ensejando gozações por parte dos corintianos, mormente o Colorado, autor de recentes insinuações disparadas contra o alvinegro, certamente decorrentes da recente rivalidade surgida entre os clubes. Vale lembrar que o Palmeiras, rival local do Timão, recusou proposta da Chapecoense para tirar pontos do alvinegro por causa do mesmo problema (caso Petros), em atitude louvável e desportiva que, na verdade, evidencia a coirmandade entre os times que protagonizam o derby paulistano (ao menos entre as diretorias). É bom que o Corinthians não se esqueça disso.
Quem praticamente garantiu vaga no G4 foi o São Paulo, que, ontem, no encerramento da 31ª rodada, bateu o Goiás em casa por 3x0, com mais uma boa jornada de Michel Bastos, bom reforço que, se colocar a cabeça no lugar (evitando novas expulsões), ajudará muito o Tricolor com seus arranques e assistências. Michel é o típico jogador funcional e de transição, com poder de marcação e armação, comum no futebol brasileiro hoje em dia (ao contrário de armadores típicos e centroavantes de qualidade, lamentavelmente escassos na atualidade). A noite também serviu para Kardec desencantar e Luis Fabiano retomar um bom jogo, sendo que o time, ao que parece, não sente a falta de Pato.
Agora a diferença do Cruzeiro pro São Paulo é de 5 pontos, faltando ainda sete rodadas para o final do certame (21 pontos ainda em jogo). Se o Cruzeiro bobear novamente no final de semana (contra o Botafogo, o que é improvável), e o Tricolor voltar a vencer (duelará contra o Criciúma), o inevitável bicampeonato celeste poderá se transformar num vexame histórico.
Abraços
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