Boa tarde, estou de volta de uma curta e deliciosa viagem para Buenos Aires, onde pude acompanhar in loco a impressão dos hermanos acerca da Copa e de sua seleção, com a qual estão bastante preocupados. No último sábado, em um pequeno restaurante no bairro de Palermo Soho, assisti com eles ao jogo da Argentina x Irã, onde a seleção argentina sofreu muito para bater o frágil rival, com um lindo gol de Messi anotado nos minutos finais da partida, aliviando a tensão que se instalava no local.
Como nós brasileiros, os argentinos são muito críticos em relação a seleção, pois também contam com atletas estrelados e talentosos, não se justificando o parco futebol até agora apresentado. Messi é a exceção, sempre criando as jogadas mais perigosas. Aguero e Higuain parecem que ainda não entraram em campo, circunstância que sobrecarrega o ídolo maior. A exemplo do Brasil, a Argentina ressente a falta dum meia típico, com visão de jogo, pois Di Maria, como o nosso Oscar, cai muito pelas pontas e raramente enxerga passes precisos no meio da zaga rival.
Pelas ruas de Buenos Aires a Copa é o assunto principal, com destaque para os intermináveis outdoors de Messi espalhados pela cidade e os uniformes azul e branco trajados pelos jovens. Afora o craque barcelonista, encontra-se em menor quantidade alusões a Higuain e Di Maria, além de Tevez, preterido por Sabella, na minha opinião, de forma injusta. Lá na capital portenha dizem que Tevez não se dá bem com Messi, notícia esta que já circulou por aqui. Tevez realmente não é fácil de lidar, como demonstrou quando atuou pelo Corinthians, ocasião em que liderou a equipe paulistana na conquista do Nacional/2005. Porém, dos atacantes argentinos em atividade, somente Messi supera Carlitos que, além de hábil, possui uma raça incomparável.
A Argentina, classificada, provavelmente pegará a Suíça nas oitavas, com vasto favoritismo. No entanto, para avançar mais na competição, terá de melhorar substancialmente seu futebol.
Quanto ao Brasil, afora as habituais gozações, os argentinos demonstram respeito e sonham com uma final reunindo os 2 maiores rivais da América do Sul. Não sei por qual razão os hermanos parecem não nutrir admiração pelos chilenos, pois a maioria se deliciou com o duelo Brasil x Chile pelas oitavas que, segundo eles, certamente representará a eliminação da equipe dirigida por Sampaoli. Particularmente, não tenho tanta certeza assim, apesar de achar o Brasil favorito no próximo sábado. Nossa seleção, apesar do bom futebol apresentado ontem no segundo tempo, ainda depende muito de Neymar, ao contrário dos chilenos, que demonstram bom conjunto, mesmo não contando com um grande talento individual.
Abraços a todos e, por fim, lamento o falecimento do ex-lateral direito corintiano Giba, titular e um dos líderes da equipe que ganhou o primeiro Brasileirão do alvinegro paulistano. Que Deus receba Giba em bons lençóis, e que sua família seja amparada pela luz divina.
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