segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Brasileirão escancara precariedade atual do futebol brasileiro

Bom dia a todos, vamos aos tópicos:

i) No sábado final de tarde, num Morumbi com bom público, o São Paulo demorou para furar o bloqueio do Criciúma com Alan Kardec,  cedendo, todavia, o empate ao rival em mais uma falha grotesca de Rogério Ceni, que rebateu bola fácil para o meio da área, ofertando exclusivamente o gol ao time catarinense. Não adianta falar de culpa da defesa, do ataque, pois, naquele lance, Rogério falhou sozinho. Ganso deu algumas boas assistências, melhorando um pouco sua atitude dentro do campo, porém, os atacantes são paulinos, renomados atletas (Pato e Kardec), não foram competentes como outrora. Na média, o jogo foi ruim, e o São Paulo, de folha salarial elevada, ainda não convenceu no certame, oscila brutalmente, demonstra fragilidade técnica em algumas posições e, finalmente, fragilidade tática de responsabilidade de seu treinador. Se não melhorar (ainda há tempo de sobra), até a busca pela vaga na Libertadores ficará comprometida;

ii) Corinthians 0x0 Coritiba ontem no Couto Pereira. jogo este que, se levasse nota zero, não seria nenhum absurdo. A exemplo do que ocorrera rodadas atrás contra o Vitória, o Corinthians ontem não criou praticamente nada o jogo inteiro, com pouquíssima inspiração dos armadores (Jadson e Elias), e com ataque mais uma vez inoperante, principalmente quado atua sem o peruano Guerrero, o melhor atleta corintiano há meses. Romarinho não jogou nada, e mais uma vez demonstrou ausência de aptidão ofensiva. Romero perdeu todas as jogadas que tentou, apresentando muita firula, precisando simplificar mais seu futebol. A arbitragem, mais uma vez, parou o jogo em demasia, e distribuiu cartões desnecessários. Fagner foi expulso injustamente, pois nada fez no lance que originou seu primeiro cartão amarelo, muito pelo contrário, sofreu um empurrão de Zé Love, que mais tumultua do que joga. Os atletas, ao invés de se preocuparem unicamente em jogar, preferem reclamar e discutir (com o juiz ou entre eles), prejudicando o trabalho já capenga da arbitragem, e contribuindo para a qualidade ruim da partida. O Corinthians, candidato ao título na minha opinião, é atualmente um time nota 5,5 e olhe lá!

iii) Santos e Palmeiras, na esteira dos rivais, também não empolgam, sendo que o Palestra, com parcos 14 pontos (na 14ª posição), encontra-se próximo da zona da degola, circunstância que lamentavelmente o afeta nos últimos tempos. O empate contra o fraco Bahia, em pleno Pacaembu, evidencia que Gareca terá grande dificuldade para encaixar um time competitivo, que nitidamente precisa de reforços com mais qualidade. O Peixe, que no próximo domingo faz o clássico contra o Corinthians na Vila Belmiro, atuará nas próximas 3 partidas sem o jovem talento Gabriel (estará na seleção sub-20), que ontem, na derrota contra o Inter no Beira-Rio, nada fez. Damião, seu provável substituto, perdeu gol na cara de Dida no final da partida, pelo que, ao que parece, prossegue em má fase.

A grande maioria dos jogos deste Brasileirão estão com nível técnico baixíssimo, o que evidencia a fragilidade do mundo da bola brasileiro. Péssimos dirigentes, a começar pela CBF, treinadores obsoletos e com pouca disposição para se atualizar, arbitragem sofrível e atletas que mais se preocupam em discutir e simular faltas do que efetivamente jogar futebol (exemplo disto foi a lamentável simulação de pênalti de Romarinho ontem que, ao invés de tentar o gol após transpor o goleiro, preferiu se jogar ao solo).

Há muito o que melhorar! Abraços!      

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