terça-feira, 29 de outubro de 2013

Palmeiras retorna à série A do Brasileirão

Domingo no início da tarde, na rádio Jovem Pan AM, ouvi retrospectiva acerca da primeira queda do Palestra para segundona do Brasileirão, bem como do difícil retorno conquistado em 2003, num campeonato que reuniu 24 times, e classificavam-se apenas 2 equipes. Na ocasião, o Palmeiras subiu juntamente com o Botafogo, outro grande do futebol brasileiro que havia caído. 

Ao contrário do acesso atual, naquela oportunidade, houve festa pelo acesso, pois as dificuldades do certame eram maiores. O Palmeiras reunia bons jogadores no elenco, como Magrão, Adãozinho, Diego Souza, Marcos e Vagner Love, e contava com o competente treinador Jair Picerni, posteriormente relegado pelo clube da Rua Turiassú.

Igualmente ao que ocorreu em 2003, o Palmeiras conseguiu neste ano o acesso à série A, posto que historicamente lhe pertence (e donde jamais deveria ter saído), com 6 rodadas de antecedência, sendo que neste ano, ao contrário de 2003, 20 times duelaram em 2 turnos (ainda duelam, pois o campeonato não acabou), com 4 vagas de acesso, o que facilita o trabalho dos times que batalham para sair da segundona. 

Também igualmente em 2003, o Palmeiras possui bons atletas que, na minha opinião, deverão ser aproveitados em 2014, ano do centenário do clube, sendo eles: Valdivia, Fernando Prass, Wesley, Vilson, Alan Kardec (na minha opinião, o melhor do time), Henrique, Mendieta e Leandro. No mínimo 5 bons reforços deverão ser contratados, principalmente pro meio campo, haja vista que o Palmeiras precisa dum bom volante (ou dois), pois os atuais são meramente razoáveis.  

Num ponto eu acho que o Palmeiras deveria diferir da primeira campanha de acesso ocorrida em 2003: a valorização do técnico. Gilson Kleina, na minha opinião, é bom treinador, sendo um dos principais nomes da nova safra de treineiros brasileiros. Se ainda erra por inexperiência, é certo que possui a confiança do grupo, sabe lidar com os jogadores, e certamente ainda não se deixou afetar pela fama ou soberba (ao que parece, pelo temperamento, jamais se deixará afetar). Kleina conhece bem o grupo, sabe dos defeitos e virtudes do elenco e, portanto, poderá indicar pontuais reforços que efetivamente possam contribuir com o grupo alviverde. Avalio o trabalho do Kleina como bom neste ano de 2012, pois, se malogrou no paulista, Libertadores e Copa do Brasil, o time sobrou na série B, sendo que pelo elenco, essa campanha era justamente o que se esperava.

Enfim, parabéns ao Palmeiras (Palestra Itália), gigante do futebol mundial, campeão sul-americano, tetracampeão brasileiro, campeão de torneios nacionais na década de 60, 22 vezes campeão paulista, e com inúmeros grandes jogadores em seu quadro de ídolos, destacando-se: Chinesinho, Oberdan Catani, Dudu, Leivinha, Ademir da Guia, Jair da Rosa Pinto, Waldemar Fiume, César Maluco, Mazzola (Altafini), Leão, Waldir de Moraes, Djalma Santos, Edmundo, Evair, Marcos, Cesar Sampaio, etc... é muita história!

Por fim, sucintamente, seguem meus palpites percentuais pras semifinais da Copa do Brasil:

i) Flamengo 45% x 55% Goiás;

ii) Grêmio 55% x 45% Atlético/Pr

Abraços a todos!

2 comentários:

  1. Caro amigo, o seu texto sobre o Palmeiras foi digno de um cavalheiro. Mesmo considerando nossas disputas e rivalidades, não podemos nunca perder a noção de que grande parte das glórias do nosso time está simbolizando na grandeza dos outros rivais. O Futebol brasileiro precisa de equipes fortes, de tradição, cujo capital simbólico fez, faz e, queiramos todos, fará a grandeza do nosso futebol. Devemos sim celebrar o meu Palmeiras, o teu Corinthians, e até o Flamengo do nosso amigo mala...
    Novamente, vivemos tempos bicudos. Claramente existe um desinteresse progressivo da geração nova de torcedores, influenciados pela opressiva cobertura midiática dos times europeus, além da mídia video game. Faça um teste: jogue online numa plataforma dessas. Você precisará jogar o dia inteiro para encontrar alguém que queira brincar com um Cruzeiro, um São Paulo, um Corinthains, um Fluminense...existe uma ode perigosa a times que, mesmo valorosos e de cuja história não podemos ignorar, não podem sobrepujar os nossos, pois eles levam a nossa história, as nossas emoções, as nossas lágrimas...

    Grande Ricardo, lendo o teu texto, senti o meu coração palestrino um pouco mais quente. Este foi um ano invernal para nós Palmeirenses...Jogamos uma obscura série B...como sempre, nos restou observar, de longe, as desventuras dos nossos rivais...O ano que vem decerto promete...Centenário, novo estádio, a expectativa de um time forte que possa colocar o Palmeiras novamente em condições de competir, sendo respeitado no processo...
    Senti, como Palmeirense, muita falta dos clássicos locais...jogamos 1 única vez contra o Corinthians, nosso histórico rival...quanta solidão...
    O Palmeirense é um forte, gosto de parafrasear o Euclides...mas que não abusem da nossa dor..

    Chega de rebaixamentos...e que possamos nos inspirar na revolução silenciosa que o teu Corinthians promoveu nos últimos anos...

    Grande abraço.

    Rene

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    1. Salve Rene, obrigado pelo seu prestígio e pelo seu comentário, com o qual concordo integralmente, mormente a idolatria exagerada aos times europeus...falar do Palmeiras, racionalmente, só pode resultar em boa coisa, pois é indiscutivelmente um dos grandes clubes do futebol mundial. Fico feliz que voce, como palmeirense "doente", tenha apreciado meu post...foi realmente pra palmeirenses como voce, meu pai, e demais amigos que escrevi o texto...ano que vem promete, e o Palmeiras será forte novamente, enfrentando de igual pra igual, qualquer rival que surja pela frente. Abraço!

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