O que se passa na cabeça de Alexandre Pato?

O que foi que passou pela cabeça de Alexandre Pato ontem, ao bater a quinta penalidade do Corinthians no duelo decisivo das quartas de final da Copa do Brasil contra o Grêmio?

Será possível que ele não mensurou a responsabilidade do ato? Não mensurou a dificuldade da partida, a importância do pênalti, a qualidade do goleiro rival (de quem inclusive foi companheiro no Milan), e o inferno que se transformaria, não só sua vida, mas também o ambiente do elenco após a eliminação para os gaúchos?

Será que Alexandre Pato desistiu de competir no futebol? Já se conformou com a vultosa grana que recebeu até hoje e, por isso, não quer mais lutar pelo time que joga? Ou  mesmo pela seleção, onde insistentemente tem obtido oportunidades de ouro, mesmo sem ter feito jus a elas?

Será que Pato, quando chegou ao Corinthians, não pensou na magnitude do time que iria representar? Que o Corinthians era simplesmente o atual campeão mundial e, na época, da América?

Será que Alexandre Pato, em algum dia da sua vida boleira, chegou a pensar nas agruras e privações que inúmeros torcedores fazem para vê-lo jogar, ainda mais em outro Estado, como na partida de ontem?

Vou finalizar este post com a minha humilde e particular impressão sobre a esdrúxula cobrança de pênalti por Alexandre Pato, ontem na Arena Grêmio: vaidoso do jeito que é, ele quis converter o pênalti com cavadinha, mesmo correndo o enorme risco de errar, pois, se fizesse o gol, calaria o estádio tricolor, ao menos por uns instantes, e evidenciaria a provocação que fez veladamente antes do jogo. O que ele não contava é que erraria a cavadinha bisonhamente, cavando a própria sepultura dentro do ainda atual campeão mundial de clubes.

Abraços a todos!