A nova queda do Palmeiras

Bom dia amigos, segunda-feira triste pros torcedores palestrinos, principalmente pros mais antigos que se acostumaram a vivenciar o time vencedor. Para os mais novos, o Palmeiras não tem dado trégua, principalmente nesta década pobre de conquistas. Mais uma vez escreverei por tópicos acerca da mais nova tragédia palestrina:

i) O Palmeiras mantém time fraco desde o ano passado, contando com jogadores meramente esforçados, que jamais formaram conjunto competitivo. O Palmeiras vive da bola parada do Marcos Assunção, de lampejos do Valdivia e, mais recentemente, da razoável técnica do centroavante argentino Barcos, cujo brilho, na minha opinião, evidencia-se  pela fraqueza dos demais colegas de time. Serve o velho adágio:  "quem tem um olho em terra de cego, é rei";

ii) O Palmeiras venceu com méritos a Copa do Brasil, e por causa desta conquista deu o ano por acabado. Grave equívoco, pois esta conquista não eximiria o time da queda no Nacional, certame muito mais difícil, haja vista ser um campeonato longo com turno e returno. No Nacional de pontos corridos não há segredo, sendo que invariavelmente os melhores elencos terminam na parte de cima da tabela, e os piores agonizam na zona do descenso. A Copa do Brasil é importante e valiosa, mas muitas vezes não premia a melhor equipe, haja vista que, até a edição deste ano, não contou com as melhores equipes do Brasil que disputaram a Libertadores da América;

iii) A torcida do Palmeiras, destacando-se as organizadas, é caso de polícia e psicólogo. Atrapalha muito mais que ajuda, ainda mais nos momentos delicados como o atual. Bater nos jogadores não resolve o problema, e ainda prejudica futuras contratações, pois nenhum atleta quer jogar onde há terrorismo e fanatismo belicoso. Depredar estádios também não resolve, sendo que o Palmeiras foi muito prejudicado com a perda de mando de jogos na reta final deste Nacional, tendo de jogar em Araraquara e Presidente Prudente, campos neutros em relação aos rivais. Lamentável também foi a queima da loja do clube, o que evidencia a precariedade da mentalidade de alguns palestrinos, remontando desde a época da fila de títulos, quando a sala de troféus foi depredada;

iv) Não sei se o Palmeiras reunirá forças pra retornar à Série A em 2013. Inicialmente, creio que a diretoria deverá manter o treinador Gilson Kleina, pois ele demonstrou coragem em todos os momentos, desde a aceitação ao convite pra treinar a equipe, até os dias atuais, onde não se furta das entrevistas cotidianas. A equipe tem de ser reformulada, e pelo menos 4 bons atletas deverão ser contratados, haja vista que, paralelo à Série B, o Palmeiras disputará a Taça Libertadores da América. Apostar em treinador de renome (caro) não é mais solução, pois o Palmeiras recentemente contou com 3 dos maiores treinadores da atualidade (Luxemburgo, Muricy e Felipão), sem sucesso, apenas acumulando despesas com pagamento de pesadas multas rescisórias.

v) Outras medidas são urgentemente necessárias, tais como votação direta pelos associados do clube pra escolha do presidente, e renovação do quadro de diretores e conselheiros, pois os atuais, ao que parece, objetivam apenas preencher o orgulho próprio, decantando um posto que hoje em dia não reúne tanto glamour assim.

Veremos o que o futuro reserva ao gigante palestrino, que certamente fará falta na elite nacional de 2013. Para os rivais paulistas, fora a costumeira gozação entre torcedores, é muito ruim um clássico a menos.