terça-feira, 7 de agosto de 2012

ÉTICA NO ESPORTE

Como todos já devem ter percebido, a grande maioria dos meus comentários se referem ao futebol, esporte apaixonante que, contudo, vive cercado de mazelas, negociatas e atitudes antiéticas, principalmente por parte dos dirigentes do mundo da bola. Estas infelizes atitudes no futebol parecem ser consuetudinárias, o que se lamenta.

Contudo, neste olimpíada, duas ocorrências indicam estarem viciadas pela falta de ética esportiva, apesar de não comprovadas, sendo elas: i) atuação da seleção espanhola de basquete masculino que, supostamente, jogando contra o Brasil, pouco se esforçou para virar o placar desfavorável no último quarto; ii) rendimento pífio da poderosa seleção da Noruega de handeball feminino na primeira fase. Ambas as condutas teriam por objetivo a escolha de adversários teoricamente mais fáceis nas fases eliminatórias, na busca pela medalha olímpica.

Apesar de não confirmadas, estas condutas são nefastas e anti desportivas, pois caracterizam corpo mole de atletas que defendem as cores dos seus países, justamente na competição esportiva mais bela, festiva e histórica da humanidade, onde se valoriza o esporte amador, teoricamente não maculado pelas mazelas do profissionalismo, este, muitas vezes afetado pela ganância desenfreada por dinheiro.

Ademais, estas condutas valorizam o ideal maquiavélico de que o fim justifica os meios, sejam eles quais forem, circunstância que deveria passar longe do mundo esportivo amador. Nos exemplos supracitados, ao menos a Noruega conseguiu êxito nas quartas de final, ao bater o Brasil hoje de manhã. Espera-se que a seleção brasileira de basquete masculino vença a seleção argentina, e lute pela medalha olímpica, sendo que uma derrota da seleção espanhola, apesar de difícil pela qualidade do time, seria, na opinião deste blogueiro, um belo manjar.

Enfim, mesmo não confirmadas estas condutas antiéticas pela dificuldade de comprová-las, espera-se que o pensamento maquiavélico em busca de medalhas não se torne habitual nos jogos olímpicos, onde, repita-se, deve prevalecer o amadorismo e o romantismo esportivo, longe da ganância por fortuna financeira, buscando-se sempre o eminente ideal de representar a própria nação, vencendo-se com lealdade qualquer rival que apareça pela frente.    

3 comentários:

  1. pois é, no badmintom teve eliminação por este motivo, a nossa seleção de volei marculino usou tal expediente há poucos anos (não lembro a competição, deu certo no final mas as perguntas eram inevitáveis).....vai de cada um, valorizar a vitória (patrocínios, mídia...) ou a competição (respeitar os demais atletas e ser respeitado), é algo bem conflitante e as opiniões podem mudar conforme a música. abcs

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    1. concordo que o assunto é polêmico mesmo, e gera conflito de interesse, principalmente com patrocinadores...contudo, repito que acho a conduta bem anti desportiva, ainda mais em Olimpíadas, onde se valoriza (ou deveria valorizar) o esporte.

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  2. Fernando o Cabeção!7 de agosto de 2012 às 08:00

    Infelizmente isso acontece, se o topo da piramide não da o exemplo a base faz o mesmo.

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